Ciclone deixa 138 mortos em Moçambique e Zimbábue

Ciclone deixa 138 mortos em Moçambique e Zimbábue

Segunda maior cidade moçambicana foi destruída em 90% durante passagem do Idai

AFP

Passagem de ciclone deixou região sem comunicação e estradas destruídas

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Beira, a segunda maior cidade de Moçambique, com 530 mil habitantes, foi "danificada ou destruída em 90% na passagem do ciclone Idai", que deixou 138 mortos no país e no Zimbábue, anunciou nesta segunda-feira a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV). "O alcance dos danos provocados pelo ciclone Idai, que atingiu a cidade moçambicana de Beira, é enorme e aterrorizante", afirma a FICV em um comunicado.

"90% de Beira e seus arredores foram danificados ou destruídos", completa a nota. O ciclone atingiu o centro de Moçambique na quinta-feira à noite e avançou rumo ao Zimbábue, destruindo tudo em sua passagem: estradas, escolas, casas e até mesmo uma represa.

Ao menos 68 pessoas morreram em Moçambique, 55 delas na cidade portuária de Beira, e outras 70 no Zimbábue, de acordo com o balanço mais recente. "A situação é terrível, ao que parece 90% da região está completamente destruída", alertou Jamie LeSueur, da FICV, citado no comunicado. "Os meios de comunicação estão totalmente cortados e as estradas estão destruídas. Muitas localidades são inacessíveis", completou LeSueur.

"Nos contaram que situação pode ser pior fora da cidade", disse. "No domingo, uma represa cedeu e cortou a última estrada ainda acessível para seguir até a cidade", explicou. O balanço de vítimas pode aumentar em consequência das fortes chuvas previstas par a região e à medida que as equipes de emergência avançam por todas as localidades, segundo a Cruz Vermelha.


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