Coalizão árabe admite "erros" no bombardeio que matou 40 crianças no Iêmen
Organização se referiu ao equívoco como "danos colaterais"
publicidade
O bombardeio gerou uma onda de indignação internacional e vários pedidos de investigação. O Conselho de Segurança da ONU pediu um apuração "confiável e transparente". A coalizão afirmou que tinha como alvo um ônibus que transportava rebeldes e pediu desculpas ao citar "danos colaterais".
• Bomba que atingiu ônibus escolar no Iêmen foi vendida pelos Estados Unidos
O porta-voz da comissão de investigação do bombardeio, Mansur Al Mansur, voltou a defender neste sábado que no ônibus viajavam "líderes huthis" e que alguns rebeldes faleceram no ataque. O bombardeio, no entanto, "provocou danos colaterais", completou, em referência às mortes das crianças, cujos responsáveis devem ser "castigados".
Ele afirmou que um dos erros foi que "a ordem para não atirar contra o ônibus que estava no meio dos civis chegou com atraso". Também se equivocaram porque "o objetivo não constituía um perigo imediato e o fato de atacar um ônibus em meio a uma zona residencial não era justificado no momento".
A coalizão liderada pela Arábia Saudita é acusada de cometer muitos abusos contra civis no conflito do Iêmen, no qual os rebeldes huthis recebem apoio do Irã, o grande inimigo regional da monarquia saudita. As autoridades sauditas alegam que os huthis se misturam aos civis ou utilizam estes últimos como escudos humanos.