Com apoio de republicanos, Senado vota por limitar autoridade militar de Trump contra o Irã

Com apoio de republicanos, Senado vota por limitar autoridade militar de Trump contra o Irã

Resolução do democrata Tim Kaine foi aprovada por 55 a 45

Correio do Povo e AFP

Medida deve ser vetada pelo presidente

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O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira uma resolução que impede ao presidente Donald Trump empreender ações militares contra o Irã sem autorização prévia do Congresso. A resolução foi apoiada por oito membros do Partido Republicano, que votaram contrariando a orientação de seus líderes. O texto exige que o chefe de Estado peça autorização expressa ao Congresso para empreender ações militares contra Teerã já tinha sido aprovado pela Câmara de Representantes. A votação bipartidária terminou em 55 a 45, mas se dá como certo que o presidente a vetará.

O pleito representou uma rara tentativa do Senado de restringir a autoridade de Trump pouco mais de uma semana depois de ter votado em absolvê-lo de acusações de impeachment, e quase seis semanas depois que o presidente, sem autorização do Congresso, ordenou um ataque Qassem Soleimani, um alto general iraniano que liderou a força Quds de elite da Guarda Revolucionária do Irã. Após o ato, o senador democrata Tim Kaine introduziu uma resolução dos poderes de guerra que visa reafirmar a autoridade constitucional do Congresso para declarar guerra.

A resolução de Kaine exige que o presidente cesse todas as hostilidades contra o Irã dentro de 30 dias, a menos que seja explicitamente aprovado pelo Congresso. "A guerra é a responsabilidade mais solene que temos e não pode ser terceirizada para ninguém", disse o pronente antes da votação final. "Temos uma obrigação especial de garantir a deliberação – e a deliberação cuidadosa – antes de enviarmos as tropas para o perigo", completou.


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