Com voto do Brasil, ONU aprova resolução contra invasão russa na Ucrânia

Com voto do Brasil, ONU aprova resolução contra invasão russa na Ucrânia

Após mais de dois dias de debate extraordinário, 141 dos 193 Estados-membros votaram a favor da resolução

AFP e R7

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A Assembleia Geral da ONU adotou nesta quarta-feira uma resolução que "exige" que a Rússia se retire "imediatamente" da Ucrânia, em uma forte repreensão à invasão de Moscou pelo órgão global encarregado de paz e segurança. Após mais de dois dias de debate extraordinário, 141 dos 193 Estados-membros votaram a favor da resolução não vinculativa. A China estava entre os 35 países que se abstiveram, enquanto apenas cinco votaram contra.

Dos membros do Brics — grupo formado por África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia —, apenas o Brasil votou a favor da resolução da ONU. Além da Rússia, que foi contra, os outros três países emergentes preferiram se abster na votação.

Apenas quatro países votaram em prol da Rússia na ONU: Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria. 

A resolução "deplora" a invasão da Ucrânia "nos termos mais fortes" e condena a decisão do presidente Vladimir Putin de colocar suas forças nucleares em alerta. Antes da votação, o embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, acusou a Rússia de querer promover um genocídio. "Já está claro que o objetivo da Rússia não é só a ocupação. É um genocídio", disse o embaixador. "Vieram privar a Ucrânia do próprio direito de existir", disse Kyslytsya antes da votação para pedir a retirada das forças russas da Ucrânia.

A Assembleia Geral da ONU se reuniu na segunda-feira em caráter excepcional para obter uma condenação da invasão russa da Ucrânia. O encontro terminou nesta quarta-feira com a votação da resolução após o fracasso de um texto similar no Conselho de Segurança na sexta-feira passada com um veto da Rússia.

O embaixador da União Europeia na ONU, Olof Skoog, disse ao final da votação que esta mostra que "o mundo está com a Ucrânia" e o "isolamento" da Rússia. "Isto é sobre se escolhemos tanques e mísseis ou diálogo e diplomacia", afirmou. "A Rússia optou pela agressão. O mundo, pela paz", disse.

 


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