Confinada pela Covid-19, Europa celebra chegada de 2021 com eventos virtuais e toque de recolher

Confinada pela Covid-19, Europa celebra chegada de 2021 com eventos virtuais e toque de recolher

Itália, Londres, França e Alemanha comemoram o Ano Novo com medidas restritivas para conter a pandemia

AFP / Correio do Povo

Paris realiza virada de ano com toque de recolher

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O ano de 2020, marcado pela Covid-19 e de celebrações restritas na virada do ano, já é passado para diversos países no mundo. Vivendo uma "segunda" onda do coronavírus, algumas regiões da Europa precisaram assistir de casa os festejos por 2021.

Sob toque de recolher pelo aumento de casos da doença, a França comemorou a chegada de 2021 com iluminação na região da Champs Elysées, onde fica o Arco do Triunfo. No local, a polícia francesa montou postos no tradicional ponto de festejos da população, que está proibida de aglomerar. "A esperança está lá, na vacina que a engenhosidade humana conseguiu criar em apenas um ano", disse o presidente francês Emmanuel Macron em seu último discurso em 2020.

Na Itália, o país que "chocou" o mundo em março, com imagens de mortos pela Covid-19, o confinamento irá até 7 de janeiro e um toque de recolher foi iniciado a partir das 22h. Com lives e musicais, os romanos acompanharam de casas as festas no Circus Maximus, o estádio mais antigo da cidade. Em Atenas, na capital da Grécia, fogos foram lançados acima do Parthenon.

Na Alemanha, também com restrições pelo coronavírus, o Portão de Brandemburgo, um dos cartões postais de Berlim, recebeu um show de boas vindas ao novo ano. A chanceler alemã, Angela Merkel, aproveitou sua mensagem de Ano Novo para lembrar que essa crise "histórica" do coronavírus continuará até 2021, mesmo que a vacina tenha trazido "esperança". 

Em Londres, cidade gravemente afetada pela pandemia, a cantora norte-americana Patti Smith, de 74 anos, fez um show ao vivo, em homenagem aos cuidadores do NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, que morreram de Covid-19. Algumas pessoas saíram as ruas, mas em pequeno número. 

Os festejos "tímidos" ocorrem devido as novas ondas da pandemia de Covid-19, que deixou cerca de 1,8 milhão de mortos em todo mundo.

Mais cedo nesta quinta-feira em Beirute, capital do Líbano, uma cidade que ainda se recupera da explosão mortal e devastadora de 4 de agosto passado no porto, as autoridades também flexibilizaram as medidas. O toque de recolher agora é a partir das 3 da manhã. Bares, restaurantes e boates reabriram, e grandes festas de fim de ano foram organizadas.

Às margens do Baikal, na Sibéria, onde as temperaturas caem até -35ºC, um grupo de russos emerge revigorado depois do tradicional mergulho no gelo, na véspera do Ano Novo. No mundo todo, porém, teme-se um amanhã difícil.

Em Dubai, milhares de pessoas assistiram à queima de fogos de artifício e show de iluminação a laser na Burj Khalifa, a torre mais alta do mundo - apesar dos novos casos. Todas as pessoas eram obrigadas a usar máscara, ou se registrar com um código QR.

Wuhan e Nova Zelândia festejam 2021 "próximo" do normal

Milhares de pessoas festejaram a chegada de 2021 no centro de Wuhan, localidade chinesa onde teve início a pandemia de Covid-19, com o lançamento de balões no céu.

Apesar da presença policial nas ruas para evitar aglomerações, a medida não teve muita eficácia e uma multidão de jovens se reuniu para celebrar a passagem de ano. "Foi um ano muito difícil por causa da pandemia, principalmente para nós, que vivemos uma experiência impossível de esquecer", declarou Xu Du, morador da cidade. A maioria das pessoas usava máscara e se reuniu para assistir a um show de luzes.

Em janeiro, Wuhan aplicou um confinamento estrito por dois meses, e a vida voltou ao normal em meados do ano. "A China conseguiu controlar muito bem a epidemia, mas há outros países sofrendo por causa do vírus. Espero que eles consigam superar essa dificuldade o quanto antes", comentou Li Yusu.

A Nova Zelândia, país aplaudido por sua gestão da pandemia, deu as boas-vindas ao novo ano uma hora depois, com grandes multidões reunidas em Auckland para ver um show de fogos de artifício. Embora continue isolado pelo fechamento das fronteiras, a Nova Zelândia pôde celebrar a chegada de 2021 com relativa normalidade - restam apenas algumas restrições. Há meses, o país não registra qualquer caso de transmissão local.


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