Congresso dos EUA entra em recesso de emergência por invasão de manifestantes

Congresso dos EUA entra em recesso de emergência por invasão de manifestantes

Apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio após enfrentar a polícia

AFP e AE

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O Congresso dos Estados Unidos suspendeu em caráter emergencial uma sessão destinada a certificar a vitória eleitoral de Joe Biden depois que partidários do presidente em fim de mandato, Donald Trump, invadiram o Capitólio após enfrentar a polícia.

O congressista Jim McGovern declarou o recesso "sem objeções", batendo o martelo enquanto se ouviam gritos e distúrbios nas galerias públicas. Funcionários do Capitólio declararam um fechamento das instalações e legisladores disseram no Twitter que estavam refugiados em seus escritórios.

Enquanto isso, os manifestantes, alguns deles com bandeiras de Trump, caminhando no edifício.

Sessão conjunta

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, abriu mais cedo a sessão conjunta no Congresso para certificar a vitória presidencial de Joe Biden, mas os republicanos rapidamente apresentaram uma objeção e interromperam a contagem dos votos eleitorais. Antes da sessão, Pence disse que não impediria a certificação pelo Parlamento do triunfo do democrata.

"A Constituição me impede de reivindicar autoridade para determinar quais votos eleitorais devem ser contados e quais não devem", afirmou em nota divulgada enquanto a sessão conjunta do Congresso começava a certificar os votos do Colégio Eleitoral.

A declaração foi divulgada depois que o presidente Donald Trump pediu a Pence em um comício em Washington para se recusar a certificar os votos.

Momentos depois, o deputado Paul Gosar se levantou para fazer uma "objeção à contagem dos votos eleitorais do Arizona". O esforço dos republicanos está fadado ao fracasso, já que os apoiadores de Trump não têm apoio suficiente na Câmara e no Senado para impedir a certificação da vitória do veterano democrata nas eleições de 3 de novembro. A ação de Gosar, que gerou vaias e aplausos, desencadeou um debate de duas horas em cada câmara.

O líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que as eleições de novembro de 2020 não foram "roubadas" e que não houve fraude disseminada no pleito, como defende o presidente Donald Trump. A declaração de McConnell foi dada durante sessão conjunto do Congresso.

"Os eleitores, os tribunais e os estados falaram. Todos falaram. Se os rejeitarmos, isso prejudicaria nossa República para sempre", declarou McConnell ao defender a certificação da vitória de Biden. Segundo o republicano, a democracia dos EUA entraria em uma "espiral da morte" se o resultado da eleição fosse derrubado.

 


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