Cristina Kirchner anuncia candidatura à vice-presidência da Argentina

Cristina Kirchner anuncia candidatura à vice-presidência da Argentina

Anúncio foi feito em vídeo postado nas redes sociais

AFP

Kirchner fez o anúncio por meio de um vídeo postado neste sábado nas redes sociais

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A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner anunciou, neste sábado (18), a sua candidatura para o cargo de vice-presidente do país na chapa de centro-esquerda para as primárias de agosto, em vista das eleições gerais de 27 de outubro. Kirchner fez o anúncio por meio de um vídeo postado neste sábado nas redes sociais.

"Pedi a Alberto Fernández [seu ex-chefe de gabinete] que liderasse a chapa que integraremos juntos, ele como candidato a presidente e eu como candidata a vice nas primárias abertas, simultâneas e obrigatórias" de 11 de agosto, diz Kirchner no vídeo de 12 minutos pontuado por imagens de arquivo.

Até o momento, Kirchner lidera todas as pesquisas de intenção de voto para regressar ao poder que exerceu duas vezes (2007-2011 e 2011-2015). As investigações sobre o suposto envolvimento da ex-presidente em vários casos de corrupção não impedirão que ela concorra no pleito, já que o processo deve durar um ano, segundo analistas jurídicos. Além disso, tem foro privilegiado por ser senadora, o que lhe permitiu escapar das prisões preventivas.

No vídeo, que marca uma súbita virada na campanha, Kirchner destacou que Fernández, dirigente peronista, negociador e moderado, foi chefe de gabinete de seu marido, o já falecido ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), "em tempos difíceis", após a crise de 2001, a pior na história do país.

"Mas os tempos que estamos vivendo agora para os argentinos são realmente dramáticos. Nunca tantos e tantas dormiram nas ruas, com problemas de trabalho ou chorando diante de uma conta luz ou gás que não tem como pagar", afirmou. "E se olharmos para o Estado... a dívida externa contraída em três anos maior que a encarada por Néstor quando chegou ao cargo. Com o agravante de que quase 40% é com o Fundo Monetário", criticou a ex-presidente.


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