Cunhada do presidente Castillo se entrega à Justiça peruana

Cunhada do presidente Castillo se entrega à Justiça peruana

Yenifer Paredes está sendo investigada por supostamente integrar um grupo de lavagem de dinheiro

AE

publicidade

Yenifer Paredes, 26, cunhada do presidente peruano Pedro Castillo se entregou nesta quarta-feira à Justiça. Ela está sendo investigada por supostamente integrar um grupo de lavagem de dinheiro que seria liderado pelo presidente. A polícia invadiu o Palácio do Governo na terça-feira, em cumprimento de uma ordem judicial exigindo sua prisão. Mas a acusada, que é irmã mais nova da primeira-dama, Lilia Paredes, não conseguiu ser localizada durante a operação, que durou até o amanhecer.

O mandado de prisão contra Paredes, que foi descrito como "show da mídia" e um ataque à ordem democrática por Castillo, é o resultado de uma investigação fiscal contra ele que começou após uma reportagem jornalística da rede América Televisión.

A emissora divulgou um vídeo em que a jovem conversou com moradores da comunidade do distrito de Chota, em Cajamarca, cidade natal do presidente. No registro, a suspeita simula um projeto de saneamento básico na região, apesar de não ocupar nenhum cargo no Executivo.

A acusação presume que Paredes ajudou o proprietário de uma das supostas empresas de fachada para obter obras públicas apesar de não terem capacidade para garantir a execução dos trabalhos ou a experiência.

Em um ano, o Parlamento tentou destituir Castillo duas vezes sem atingir os 87 votos necessários. Na terça-feira, 9, após a busca fracassada, o presidente indicou que a Promotoria "fez um show de mídia" e acrescentou que há uma conspiração de um parte do Congresso, do Ministério Público e de um setor da imprensa para "tomando o poder ilegalmente".

"Eles podem ter meios, dinheiro, mas eles não têm as pessoas,'' disse ele. A Justiça também ordenou a prisão de outros membros da suposta rede. Castillo, que enfrenta cinco investigações fiscais, a maioria por suposta corrupção, nega todas as acusações. Ele governou por um ano e seu mandato terminará em 2026.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895