Democratas exaltam "heroísmo" dos militares após morte de líder do Estado Islâmico

Democratas exaltam "heroísmo" dos militares após morte de líder do Estado Islâmico

Presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, criticou Trump por não notificar a liderança do Congresso antes do ataque

Correio do Povo

Pelosi foi a única a citar Trump em pronunciamento

publicidade

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo a morte do líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, durante uma operação militar americana no noroeste da Síria. Imediatamente após o anúncio, diversas lideranças políticas do Partido Democrata se manisfestaram sobre o caso. A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, criticou o chefe de Estado por não notificar a liderança do Congresso antes do ataque, ao mesmo tempo em que garantiu que "os americanos saúdam o heroísmo, a dedicação e a habilidade de nossos militares e de nossos profissionais de inteligência, após notícias de que o líder do EI Abu Bakr al-Baghdadi foi morto em um ataque militar dos EUA".

“A morte de al-Baghdadi é significativa, mas a morte deste líder do Estado Islâmico (ISIS) não significa a morte do Estado Islâmico. Dezenas de combatentes do IE permanecem em condições incertas nas prisões sírias, e inúmeros outros na região e em todo o mundo continuam com a intenção de espalhar sua influência e cometer atos de terror", afirmou. Pelosi recentemente abriu um processo de inquérito de impeachment contra Trump.

"Este mês, a Câmara aprovou uma resolução conjunta em uma base esmagadora e bipartidária de 354-60 votos, que rejeita o sinal verde do presidente Trump da agressão turca à Síria contra nossos parceiros curdos, e pede que ele apresente uma estratégia clara para derrotar o ISIS. A Câmara deve ser informada sobre este ataque, que os russos, mas não a liderança do Congresso, foram previamente notificados, e sobre a estratégia geral do governo na região. Nossos militares e aliados merecem uma liderança forte, inteligente e estratégica de Washington", completou.

Um dos principais adversários políticos do chefe de Estado norte-americano e cotado para representar o Partido opositor nas eleições de 2020, Joe Biden, celebrou o feito, mas não mencionou Trump, em posicionamento compartilhado pelas redes sociais. "Parabenizo nossas forças especiais, nossa comunidade de inteligência e todos os nossos bravos profissionais militares por fornecerem justiça ao terrorista Abu Bakr al-Baghdadi", disse ele comunicado.

“É graças à sua coragem e determinação implacável em cumprir sua missão que o EI sofreu uma perda vital. Não podemos nos dar ao luxo de nos distrair ou desviar o olhar do alvo. O EI continua sendo uma ameaça para o povo americano e nossos aliados, e devemos manter a pressão para impedir que o IE se reagrupe ou ameace novamente os Estados Unidos”, concluiu o ex-vice-presidente durante o governo de Barack Obama.

A senadora Elizabeth Warren, atualmente líder das pesquisas para representar os democratas no pleito do próximo ano, escreveu pelo Twitter que "Abu Bakr al-Baghdadi liderou uma campanha de violência e terror em massa que devastou a região e ameaçou o mundo". A política disse que a morte dele é um revés para o IE uma vitória para a justiça. "Sou grato pela habilidade e coragem de nossos profissionais especiais de operações e inteligência. A morte de Baghdadi encerra um capítulo, mas não é o fim de nossa luta contra o terrorismo. Precisamos de um acordo que acabe com o sofrimento e a destruição na Síria - e, finalmente, um plano de longo prazo para combater o extremismo e permitir que a região alcance paz e estabilidade", concluiu.

Bernie Sanders, senador pelo Vermont e também pré-candidato, comentou que "Abu Bakr al Baghdadi era um assassino e terrorista responsável por terríveis sofrimentos e mortes". Em poucas palavras, também destacou que "a luta contra o EI não seria possível sem os bravos esforços dos curdos e outros aliados dos EUA". Anteriormente, ele já havia expressado vontade de armar diretamente os combatentes curdos do Iraque e se manifestara em apoio às Unidades de Proteção Popular (YPG), organização armada curda da região do Curdistão sírio.

Ilhan Omar – que ganhou assento na Câmara dos Representantes em novembro passado, ao se eleger por Minnesota, se tornando uma das duas primeiras mulheres muçulmanas já eleitas para o Congresso dos EUA – escreveu que o terrorita era um homem cujas vítimas primárias eram muçulmanas e que era odiadas por muçulmanos. "Abu Bakr al Baghdadi era um homem mau e um terrorista, que aterrorizou o mundo com violência e uma mensagem de ódio. O mundo é um lugar mais seguro sem ele. Temos profunda gratidão pelos bravos homens e mulheres que realizaram essa operação perigosa", twittou.

O tenente da Reserva da Marinha dos Estados Unidos e pré-candidato às eleições, Pete Buttigieg, compartilhou reportagem do The New York Times com o anúncio da morte. Ele comentou que "este é um golpe contra o IE e um passo importante na luta contra o terrorismo apátrida". "O crédito deve ser entregue a todos os envolvidos; acima de tudo, aos bravos americanos em profissionais de uniforme e inteligência que arriscaram suas vidas para completar esta missão. Hoje, nós os honramos".

 

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895