Departamento de Justiça dos EUA se opõe a divulgação do motivo de buscas em mansão de Trump

Departamento de Justiça dos EUA se opõe a divulgação do motivo de buscas em mansão de Trump

Instituição acredita que comunicar detalhes da ação do FBI pode atrapalhar investigação e colocar em risco a segurança nacional

AFP

Casa de Donald Trump na Flórida foi alvo de busca e apreensão do FBI

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos se opôs nesta segunda-feira (15) a divulgar o documento judicial que expõe os motivos que levaram o FBI a fazer buscas na semana passada na mansão do ex-presidente Donald Trump na Flórida.

Veículos de comunicação e congressistas haviam pedido a um juiz da Flórida que publicasse a declaração juramentada que possibilitou as buscas, as quais criaram uma tempestade política no país, já dividido. Mas o Departamento de Justiça se opôs, por considerar que "existem razões convincentes, as quais incluem proteger a integridade de uma investigação policial em andamento que envolve a segurança nacional".

Na última sexta-feira (12), a pedido da promotoria, um juiz publicou a ordem que autorizou as buscas, e uma lista dos documentos apreendidos. Mas a solicitação diz respeito agora a um documento que contém "fatos de investigação detalhados e de importância crítica, bem como informações altamente confidenciais sobre as testemunhas".

Caso se torne público, o documento poderá revelar a estratégia dos investigadores, estima o Departamento de Justiça, e “comprometer (o sucesso) das próximas etapas da investigação”.

Trump afirmou hoje que agentes do FBI apreenderam passaportes durante a operação. "Uau! Na operação do FBI em Mar-a-Lago, roubaram três passaportes (um expirado), juntamente com todo o resto", publicou o ex-presidente na rede social Truth Social. "Esse é um ataque a um adversário político em um nível nunca antes visto em nosso país. Terceiro Mundo!".

Além das investigações sobre suas práticas comerciais, Trump está sob a lupa por seus esforços para anular os resultados das eleições de novembro de 2020, e pelo ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente.


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