Depois da Huawei, EUA retalia mais empresas chinesas de tecnologia

Depois da Huawei, EUA retalia mais empresas chinesas de tecnologia

Medida aumenta tensões dias antes de encontro entre presidentes Donald Trump e Xi Jinping

AFP

Fundador e CEO da Huawei Ren Zhengfei em painel sobre tecnologia. A empresa está diante da iminente perda de acesso ao sistema operacional Android, da Google, e à loja de aplicativos da gigante de buscas na internet

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Os Estados Unidos aplicaram sanções a cinco empresas chinesas de tecnologia, após o caso envolvendo a Huawei, segunda maior produtora de smartphones do mundo. Dias antes do encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, a medida deverá aumentar as tensões entre as duas potências. As empresas afetadas são a Sugon, três de suas subsidiárias que fabricam chips e o instituto de computação pertencente ao exército chinês.

O departamento de Comércio proibiu as companhias de obterem tecnologia americana depois de determinar que essas empresas "atuam contra os interesses da segurança nacional e da política externa dos Estados Unidos". No contexto das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, Washington atacou a gigante das telecomunicações chinesa Huawei, fechando seu acesso ao mercado americano, citando preocupações de segurança.

Em maio, incluiu a Huawei em sua lista de entidades que estão proibidas de receber componentes de fabricação americana sem a permissão de Washington, embora tenha concedido um prazo de 90 dias para a sua aplicação. Desde então, Facebook e Google anunciaram que romperiam suas relações com a Huawei, isolando ainda mais a empresa chinesa. Pequim respondeu com a ameaça de lançar sua própria lista negra de empresas e indivíduos estrangeiros "não confiáveis" na esperança de pressionar as companhias estrangeiras a manter relações comerciais com a Huawei.

No início de junho, Pequim convocou, entre outros, os executivos das empresas americanas Dell e Microsoft, bem como da sul-coreana Samsung, para avisar que qualquer iniciativa de cortar seus negócios na China poderia levar a medidas defensivas, segundo o New York Times. Trump e Xi devem se reunir na próxima semana, à margem da cúpula do G20 no Japão.


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