Economia brasileira deve contrair 9,1% em 2020, indica FMI

Economia brasileira deve contrair 9,1% em 2020, indica FMI

Fundo Monetário Internacional prevê queda do PIB mais acentuada do que a prevista em abril

AFP e Correio do Povo

América Latina é considerada o atual epicentro da pandemia de Covid-19

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu nesta quarta-feira uma recessão mais aguda para os países da América Latina e do Caribe do que o estimado anteriormente pela pandemia, com uma contração no Produto Interno Bruto (PIB) regional de 9,4%, contra 4,2% esperado em abril. "Na América Latina, onde a maioria dos países ainda luta para conter as infecções, as duas maiores economias, Brasil e México, devem contrair 9,1% e 10,5%, respectivamente, em 2020", disse a instituição ao divulgar uma atualização de suas "Perspectivas para a Economia Mundial".

A perspectiva brasileira era de -5,3% em abril. Para 2021, o FMI elevou a estimativa de crescimento de 2,9% para 3,6%. O déficit nominal deverá atingir 16% do PIB neste ano, acima dos 9,4% estimados em abril. Em relação a 2021, o indicador atingirá 5,9% do PIB, pouco abaixo dos 6,1% previstos há dois meses.

Diminuição no primeiro trimestre 

A economia brasileira encolheu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em comparação ao último trimestre de 2019, já sentindo os efeitos da pandemia do coronavírus, segundo o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o menor resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). 

O PIB do país chegou a R$ 1,803 trilhão no período. O encolhimento foi influenciado, principalmente, pelo recuo no setor de serviços (-1,6%), que representa 74% de todo o PIB. Também houve queda na indústria (-1,4%), enquanto a agropecuária cresceu (0,6%).


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