EI confirma morte de al-Baghdadi, anuncia novo líder e faz ameaça: "Não fique feliz, América"

EI confirma morte de al-Baghdadi, anuncia novo líder e faz ameaça: "Não fique feliz, América"

Ibrahim al-Hashemi al-Qurayshi, ex-oficial militar iraquiano que já serviu sob Saddam Hussein, é o novo número 1 do grupo terrorista

Correio do Povo e AFP

Grupo afirmou que está se expandindo

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Dias após o líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, e seu aparente herdeiro serem mortos em ataques consecutivos por forças dos Estados Unidos no norte da Síria, o grupo quebrou seu silêncio na quinta-feira para confirmar a morte e lançar uma ameaça. "Não fique feliz, América, pela morte do xeque al-Baghdadi. O novo eleito fará com que vocês esqueçam o horror que sofreram... e que os feitos dos dias de Al-Bagdadi pareçam doces", diz Abu Hamza al Qurashi, apresentado como porta-voz, em uma gravação de áudio carregada no aplicativo Telegram, de acordo com tradução do Site Intelligence Group, que monitora conteúdo jihadista online.

“Você não percebe, América, que o Estado Islâmico está hoje no limiar da Europa e da África Central? Está se expandindo e permanecendo, com permissão de Deus, do leste para o oeste", completa.  O EI ainda informou que Ibrahim al-Hashemi al-Qurayshi é o novo número 1: os terroristas alegam que a assembléia consultiva de sua organização havia prometido lealdade a ele como "comandante dos crentes" e o novo "califa dos muçulmanos". Trata-se de um ex-oficial militar iraquiano que já serviu sob Saddam Hussein, conhecido como "Destruidor", mas também como "Professor", pois era ela quem comandava e planejava as operações diárias do grupo terrorista.

O anúncio, de acordo com a tradução, também atacou Trump, descrevendo-o como "um velho idiota, que dorme com uma opinião e acorda com outra". Conforme a jornalista Rukmini Callimachi, do The New York Times, a denominação al-Qurayshi no final do nome indica que ele está sendo retratado como um descendente da tribo Quraysh, do Profeta Maomé, uma linhagem que o Estado Islâmico considera um pré-requisito para se tornar um califa ou governante. Seu uso indica que o EI  continua a se ver como um califado, mesmo que não possua praticamente nenhum território.


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