Embaixada dos EUA diz que apoia Brasil na OCDE, mas fala em respeitar ordem de pedidos

Embaixada dos EUA diz que apoia Brasil na OCDE, mas fala em respeitar ordem de pedidos

Em nota, representação oficial do governo norte-americano diz que declaração de endosso de Trump continua mantida

Correio do Povo

Presidentes haviam destacado aproximação dos países em encontro no meio do ano

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Após o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo abraçar em carta as candidaturas da Argentina e da Romênia à Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sem fazer menção ao Brasil, a Embaixada dos Estados Unidos no País publicou uma nota reafirmando o apoio à entrada deste no grupo. Conforme o texto divulgado no site do orgão, o governo "continua mantendo" a "declaração conjunta de 19 de março do presidente Trump e do presidente Bolsonaro afirmou claramente o apoio ao Brasil para iniciar o processo para se tornar um membro pleno da OCDE e saudou os esforços contínuos do Brasil em relação às reformas econômicas, melhores práticas e conformidade com as normas da OCDE".

A questão é que, ao mesmo tempo, defende que sejam respeitados aspectos cronológicos, como a ordem dos pedidos, e uma reformulação lenta. "Apoiamos a expansão da OCDE a um ritmo controlado que leve em conta a necessidade de pressionar as reformas de governança e o planejamento de sucessão. Continuaremos a trabalhar com outros membros da OCDE para encontrar um caminho para a expansão da instituição. Todos os 36 países membros da OCDE devem concordar, por consenso, com o calendário e a ordem dos convites para iniciar o processo de adesão à OCDE", completa o comunicado.

Nesse sentido, Romênia e Argentina formalizaram pedido antes do governo brasileiro, que o fez em o maio de 2017. A adesão é um dos principais objetivos da política externa romena desde 2012, quando aplicou para a vaga, mas falhou em preencher alguns dos requisitos. Já a Argentina iniciou o processo em 2016. O grupo teAlém disso, pesam os esforços de reforma econômica e o compromisso com o livre mercado, disse um alto funcionário dos EUA, recusando-se a ser identificado porque a pessoa não está autorizada a discutir deliberações políticas internas em público. 

Em 2003, a OCDE estabeleceu um grupo de trabalho liderado pelo embaixador do Japão na Organização, Seiichiro Noboru, para elaborar uma estratégia para o alargamento e a cooperação com não-membros. A iniciativa propôs que a seleção dos países candidatos se baseiasse em quatro critérios. As recomendações do grupo de trabalho foram apresentadas na reunião do Conselho Ministerial da OCDE em 13 e 14 de maio de 2004. 

 

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