Entra em vigor acordo de cessar-fogo em Gaza

Entra em vigor acordo de cessar-fogo em Gaza

Suspensão de confronto ocorreu após bombardeio matar seis membros de uma família

AFP

Israel acusa palestinos de utilizar escudo humano contra ataques

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Um acordo de cessar-fogo entrou em vigor às meia noite e meia (do horário de Brasília) desta sexta-feira na Faixa de Gaza, revelou à AFP uma fonte egípcia e um líder do grupo armado Jihad Islâmica. Este "acordo de cessar-fogo é consequência dos esforços do Egito" e obteve o aval das "facções palestinas, incluindo a Jihad Islâmica", destacou o responsável egípcio.

Segundo esta fonte, o acordo estipula que as facções palestinas deponham as armas na Faixa de Gaza e "mantenham a paz" nas manifestações. Israel também deve suspender as hostilidades e "garantir um cessar-fogo" diante das manifestações dos palestinos. Uma fonte da Jihad Islâmica confirmou o acordo à AFP.

Um oficial israelense já havia informado à AFP que o Exército suspenderia sua operação contra a Faixa de Gaza caso a Jihad Islâmica parasse com o disparo de foguetes em direção a Israel. Horas antes do anúncio, um ataque aéreo israelense matou seis membros de uma mesma família no enclave palestino.

"Seis membros da família Abu Malhous, entre eles três menores e duas mulheres, perderam a vida em um bombardeio israelense contra a casa da família em Deir al Balah, no sul da Faixa de Gaza", informou o ministério da Saúde deste território controlado pelo movimento radical islâmico Hamas.

Com as seis vítimas, o número de mortos na região sobe a 32 desde a terça-feira, quando o Exército hebreu iniciou uma série de ataques contra membros da Jihad Islâmica, em represália ao disparo de mais de 350 foguetes da Faixa de Gaza contra Israel. Na terça, um ataque aéreo matou o comandante da Jihad Islâmica Baha Abu al Ata e sua mulher. O Exército hebreu acusa a Jihad Islâmica de utilizar escudos humanos para se proteger dos ataques israelenses.


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