Equador denuncia pessoa ligada a Assange de plano contra o atual governo

Equador denuncia pessoa ligada a Assange de plano contra o atual governo

Ministra do Interior disse que atividades ilegais tinham a colaboração de hackers russos

Julian Assange viveu refugiado por quase sete anos na embaixada do Equador

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O governo do Equador denunciou que uma pessoa próxima de Julian Assange, detido nesta quinta-feira na embaixada equatoriana em Londres, onde viveu refugiado por quase sete anos, de estar envolvido com hackers russos em um plano de desestabilização contra o presidente Lenín Moreno.

"Há vários anos vive no Equador um dos membros-chave desta organização do WikiLeaks e pessoa próxima de Julian Assange. Temos provas suficientes de que colaborou com as tentativas de desestabilização contra o governo", disse a ministra do Interior María Paula Romo.

A ministra denunciou a suspeira à imprensa após a prisão de Assange, de quem Quito revogou a nacionalidade equatoriana e o asilo diplomático, concedida em 2012. Romo acrescentou que o colaborador do WikiLeaks - cuja identidade não revelou - "trabalha estreitamente" com o ex-ministro das Relações Exteriores Ricardo Patiño e "dois hackers russos que também vivem no Equador".

"Não vamos permitir que o Equador se torne um centro de hackers e não podemos permitir que atividades ilegais ocorram no país para prejudicar os cidadãos equatorianos ou de outros países ou qualquer governo", declarou.

Após a detenção de Assange, o Departamento de Justiça americano anunciou que solicitou sua extradição para julgá-lo por "conspiração através de ciberpirataria" por ter ajudado a ex-analista de inteligência Chelsea Manning a obter uma senha para acessar milhares de documentos confidenciais e depois divulgá-los.

Embora Assange e seus partidários temam que ele possa ser condenado à morte nos Estados Unidos por traição ou divulgação de segredos de Estado, Washington disse que enfrentará uma pena máxima de cinco anos de prisão. Assange se refugiou na embaixada equatoriana em meados de 2012. Após dois meses, o então presidente do Equador, Rafael Correa (2007-2017), atualmente exilado na Bélgica, concedeu a ele asilo diplomático.


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