Estado Islâmico se reforça com saída dos EUA e ofensiva turca na Síria

Estado Islâmico se reforça com saída dos EUA e ofensiva turca na Síria

Grupo terrorista teria reagrupado forças para atacar alvos ocidentais

AFP

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O grupo Estado Islâmico (EI) aproveitou a ofensiva turca na Síria e a saída das forças americanas do nordeste do país para se reagrupar e preparar novos ataques no Ocidente. "O EI aproveitou a incursão turca e a consequente redução das forças norte-americanas para reconstituir seus recursos na Síria e reforçar sua capacidade para planejar ataques no exterior", destaca um relatório publicado pelo Escritório do Inspetor Geral do Pentágono.

O presidente Donald Trump anunciou no dia 6 de outubro a retirada de mil militares estacionados no nordeste da Síria, abrindo caminho a uma ofensiva militar turca contra os combatentes curdos na Síria, aliados da coalizão internacional na luta contra os jihadistas do EI. A Agência de Inteligência de Defesa (DIA), entidade independente responsável pelas investigações internas do departamento de Defesa, avaliou que o EI terá mais tempo e espaço para preparar ataques e apoiar seus 19 braços em todo o mundo.

Segundo a agência, a morte do líder do EI, Abu Bakr al Baghdadi, liquidado por comandos dos EUA na Síria em 26 de outubro, "provavelmente terá pouco efeito na capacidade do EI para se reconstituir". A longo prazo, "provavelmente tentará recuperar o controle de alguns povoados sírios e ampliar sua digital no mundo", acrescentou o Inspetor Geral, citando o relatório da DIA.

O EI tem "ativado células adormecidas para aumentar os ataques" contra os combatentes das Forças Democráticas Sírias (SDF), lideradas pelos curdos e que apoiaram os EUA na luta contra os jihadistas. O relatório destaca que as forças americanas na Síria continuam armando os combatentes das SDF, mas deixaram de treiná-las. No final do terceiro trimestre, as SDF tinham 100 mil combatentes, segundo o documento.


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