EUA defende legalidade de suas ações contra o Irã

EUA defende legalidade de suas ações contra o Irã

Secretário Mike Pompeo disse que Washington agirá de acordo com o direito internacional

AFP

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, defendeu nesta terça-feira a legalidade do ataque americano que matou o poderoso general Qassem Soleimani

publicidade

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, defendeu nesta terça-feira a legalidade do ataque americano que matou o poderoso general Qassem Soleimani, bem como de qualquer ação militar futura em seu país contra o Irã. "Nunca vi esse governo tomar decisões dessa natureza sem uma revisão completa e minuciosa da base jurídica", afirmou Pompeo em entrevista coletiva em Washington.

Quando perguntado se os juristas haviam sido consultados antes do ataque de sexta-feira que matou o poderoso general iraniano enquanto visitava Bagdá, ele não conseguiu responder com muita precisão. "Muitas vezes, os juristas revisam antecipadamente todas as opções apresentadas ao presidente dos Estados Unidos para que cada opção seja legalmente validada. Tenho certeza de que aconteceu dessa maneira", afirmou. Ele também acusou o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, de mentir sobre a natureza da presença no Iraque de Soleimani, chefe da unidade encarregada das operações externas da Guarda Revolucionária, o exército ideológico iraniano.

"Ele disse que Soleimani estava em Bagdá em uma missão diplomática. Quem pode acreditar nisso?", questionou Pompeo. "Sabemos que não é verdade", disse o chefe da diplomacia americana. Pompeo também negou que o general iraniano estivesse trabalhando em um "acordo" com os sauditas "para reduzir os riscos" de conflito no Oriente Médio.

Quando perguntado sobre a ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de atacar locais culturais iranianos em caso de uma resposta militar de Teerã à morte de Soleimani, Pompeo mais uma vez garantiu, como havia feito várias vezes no domingo, que Washington agiria de acordo com o direito internacional. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895