Eurocâmara quer fim dos testes de cosméticos em animais

Eurocâmara quer fim dos testes de cosméticos em animais

Resolução foi aprovada com 620 votos a favor, 14 contra

AFP

Resolução foi aprovada com 620 votos a favor, 14 contra

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Os deputados do Parlamento Europeu pediram à União Europeia (UE) que milite para proibir os testes de cosméticos em animais em todo mundo, seguindo o que adotou em seu próprio território. "A experimentação em animais não se justifica mais para os cosméticos", afirmam os eurodeputados em uma resolução aprovada em sessão plenária em Bruxelas por uma esmagadora maioria (620 votos a favor, 14 contra) e na qual pedem à UE e aos Estados-membros que apoiem a oposição dos cidadãos a essa prática, assim como o desenvolvimento de métodos de experimentação alternativos.

A União Europeia proíbe todos os testes na indústria cosmética com animais desde 2013 e a venda de produtos testados com animais. Essa proibição não teve um impacto negativo no desenvolvimento do setor dos cosméticos na UE, garante o Parlamento. Gera dois milhões de empregos e é "o maior mercado de produtos cosméticos no mundo". Cerca de 80% dos países do mundo continuam, porém, autorizando o teste em animais e a comercialização de produtos cosméticos testados dessa forma, relata o Parlamento.

A Eurocâmara também denuncia o fato de que alguns cosméticos são experimentados em animais fora da UE antes de serem testados dentro do bloco com métodos alternativos, o que permite a esses produtos serem comercializados na UE. Os eurodeputados pedem à Comissão Europeia e aos dirigentes da UE que levem essa causa à ONU e que a inscrevam na ordem do dia da próxima Assembleia Geral.

"Coelhos, hamsters, (...) vários milhões de animais morrem todo o ano em laboratórios do mundo inteiro, quando, para os cosméticos, mais nada justifica isso. Existem métodos alternativos, mais rápidos e eficazes", defendeu a eurodeputada liberal Frédérique Ries. O Parlamento europeu também pede à Comissão Europeia que exclua os produtos cosméticos testados em animais dos tratados comerciais que já estão em vigor, ou em negociação.

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