Evo Morales se reúne com observadores internacionais para discutir suposta fraude nas eleições

Evo Morales se reúne com observadores internacionais para discutir suposta fraude nas eleições

Presidente teve encontro com representantes da União Europeia, da Organização dos Estados Americanos e embaixadores

Correio do Povo

Até o momento, Estados Unidos, Argentina e Brasil pediram que houvesse transparência na contagem de votos

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O Presidente da Bolívia, Evo Morales, se reúne na Casa Grande del Pueblo com embaixadores de alguns países e representantes das missões de observação que chegaram ao país para as eleições gerais, realizadas no domingo. O encontro com representantes da União Europeia (UE), Organização dos Estados Americanos (OEA), e os embaixadores do Peru e da Alemanha ocorre em meio às denúncias de "fraude" após a interrupção da apuração dos resultados, passando de um virtual segundo turno para uma vitória do partido Movimiento Al Socialismo em primeira instância.

Até o momento, Estados Unidos, Argentina e Brasil pediram que houvesse transparência na contagem de votos, manifestando preocupação com as 23 horas em que a Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares (TREP) foi paralisada. A OEA manifestou preocupação com as mudanças drásticas e inexplicáveis ​​publicadas pelo Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), enquanto a UE sustenta que a suspensão da transmissão de números gera sérias dúvidas a forma como a contagem eletrônica das eleições foi realizada.

"A interrupção inesperada da contagem eletrônica de votos após o primeiro turno das eleições gerais na Bolívia gerou sérias dúvidas que devem ser totalmente esclarecidas, imediatamente. Espera-se que as autoridades bolivianas, especialmente o Supremo Tribunal Eleitoral, garantam a máxima transparência na contagem dos votos e no processo de registro dos resultados", afirma um comunicado do bloco.

O chefe da delegação da UE, Jörg Schreiber, também reflete sobre a necessidade de garantir a credibilidade do processo eleitoral e exorta as partes no conflito a evitar a violência. “É vital garantir a credibilidade do processo eleitoral, garantir a confiança dos eleitores e respeitar a vontade do povo boliviano. Incidentes recentes devem ser investigados. Além disso, pedimos a todas as partes que se abstenham do uso de violência”, disse.


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