Ex-policial condenado pelo assassinato de George Floyd volta ao tribunal

Ex-policial condenado pelo assassinato de George Floyd volta ao tribunal

Derek Chauvin cumpre pena de 22 anos e meio de prisão

AFP

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O ex-policial de Minneapolis condenado pelo assassinato de George Floyd estará de volta ao tribunal via chamada de vídeo nesta terça-feira, junto com três outros policiais envolvidos no assassinato que desencadeou as maiores manifestações por justiça racial em décadas.

Derek Chauvin, de 45 anos, poderia usar a oportunidade para se declarar culpado e reconhecer - pela primeira vez - a responsabilidade pela morte do homem negro em cujo pescoço ele se ajoelhou por quase 10 minutos em maio de 2020.

Chauvin foi condenado em junho a 22 anos e meio de prisão, pena que ele cumpre atualmente, no final de um julgamento extraordinário em um tribunal estadual de Minnesota.

Os três ex-colegas de Chauvin, Tou Thao, Alexander Kueng e Thomas Lane, serão julgados em março de 2022 sob a acusação de cumplicidade em homicídio. Todos os quatro também enfrentam acusações federais de violação dos direitos constitucionais de Floyd.

As duplas acusações são permitidas nos Estados Unidos, mas são relativamente raras. Os procedimentos refletem a importância do caso, centro de uma onda de protestos em todo o país contra a brutalidade policial e o racismo sistêmico.

Os quatro réus vão aparecer nesta terça-feira por vídeo perante um juiz federal, que lerá a acusação contra eles. Espera-se que os homens se declarem culpados ou não.

De acordo com a mídia local, Chauvin negocia, há várias semanas, um acordo judicial que o pouparia de outro julgamento.

Durante seu primeiro julgamento, seu advogado disse que Chauvin seguiu os procedimentos policiais e que a morte de Floyd foi devido a problemas de saúde agravados pelo uso de drogas.

No final dos procedimentos, Chauvin ofereceu suas condolências à família Floyd e disse: "Haverá outras informações no futuro que seriam de interesse e espero que as coisas lhe deem um pouco de paz de espírito", sugerindo um possível acordo judicial.

Os jurados demoraram menos de 10 horas para condenar Chauvin. Sua decisão foi saudada com alívio em todo o país.

Muitos temiam que uma absolvição levasse a uma agitação pior, enquanto outros temiam que, mais uma vez, um policial branco escapasse impune do que consideraram um assassinato.

O advogado da família Floyd considerou a sentença um passo "histórico" em direção à reconciliação racial nos Estados Unidos.


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