Fronteira com Venezuela já está fechada, diz governador de Roraima

Fronteira com Venezuela já está fechada, diz governador de Roraima

Antonio Denarium afirmou que tanques de tropas venezuelanas estão no local desde o meio da tarde

AE

Denarium disse que a ajuda humanitária prevista pelo governo brasileiro aos venezuelanos está mantida, porém não é possível prever se será possível atravessar a fronteira.

publicidade

O governador de Roraima, Antonio Denarium, afirmou que a fronteira terrestre entre o Brasil e a Venezuela foi fechada por tanques de tropas venezuelanas por volta das 15h30min. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou a fronteira seria fechada a partir das 20h desta quinta-feira, (hora local, ou 21h de Brasília).

"Tive informações que há 30 minutos foi fechada a fronteira com a presença de blindados do governo da Venezuela", declarou ao Broadcast Político, por telefone. Ele está em Brasília e deverá retornar ao seu Estado no período da noite. O governador já esteve no Planalto, pela manhã, antes do anúncio de Maduro, e não há previsão de retorno.

Segundo Denarium, a ajuda humanitária prevista pelo governo brasileiro aos venezuelanos está mantida, porém não é possível prever se será possível atravessar a fronteira. "A fronteira entre o Brasil e a Venezuela é seca. Tem 1800 km de fronteira. Temos um grande número de venezuelanos na fronteira que moram do lado de cá, inclusive em abrigos, são mais de 5 mil venezuelanos em Boa vista e Pacaraima, vivendo como refugiados. A ajuda pode ser feita do lado de cá da fronteira", disse o governador.

Denarium afirmou que recebeu a informação do governo federal de que "a ajuda humanitária continua". Se a ajuda vai atravessar ou atravessar a fronteira isso ainda não está definido", reforçou.

O Palácio do Planalto decidiu não se manifestar sobre a decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinar o fechamento da fronteira terrestre entre o país e o Brasil. Em nota, a assessoria de imprensa do Planalto afirmou que "não haverá manifestação sobre o assunto".

Na terça-feira, 19, o porta-voz do governo Jair Bolsonaro, Otávio do Rêgo Barros, comunicou que o governo brasileiro vai enviar alimentos e medicamentos na fronteira com a Venezuela no dia 23 de fevereiro para atender ao pedido do líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e tem o apoio de diversos países.

"A ajuda, que inclui alimentos e medicamentos, será disponibilizada em território brasileiro, em Boa Vista e Pacaraima, Estado de Roraima, para recolhimento pelo governo do Presidente Encarregado Juan Guaidó, por caminhões venezuelanos conduzidos por venezuelanos", dizia nota do Ministério de Relações Exteriores e lida pelo porta-voz.

Ainda de acordo com o texto, a operação ocorre em cooperação com o governo dos Estados Unidos e é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores.
"O Brasil se junta assim a esta importante iniciativa internacional de apoio ao governo de Guaidó e ao povo venezuelano", afirma outro trecho.

Participam da força-tarefa para definir a logística da operação a Casa Civil da Presidência da República, os Ministérios da Defesa, da Agricultura, da Cidadania, da Saúde e do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895