Funeral do príncipe Philip é marcado por cortejo, missa e homenagens militares

Funeral do príncipe Philip é marcado por cortejo, missa e homenagens militares

Caixão com corpo do marido da Rainha Elizabeth II foi enterrado na abóbada real da capela

AFP

Caixão com corpo do marido da Rainha Elizabeth II foi enterrado na abóbada real da capela

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O caixão do Príncipe Philip, marido da Rainha Elizabeth II, foi enterrado neste sábado na cripta real da Capela de São Jorge em Windsor, residência real a cerca de 50 km a Oeste de Londres, onde seu funeral foi realizado. Os restos mortais do duque de Edimburgo permanecerão lá até que a monarca se reúna com ele após sua morte. O casal reunido ficará então na Capela do Memorial do Rei George VI, pai de Elizabeth II.

Assim, a rainha se despediu do homem com quem esteve casada durante 73 anos, a sua "força e apoio", em um funeral sóbrio ao estilo militar com máscaras e poucos convidados devido à pandemia. O sepultamento do príncipe teve início da manhã de hoje e foi marcado por honrarias militares. 

O funeral teve início no Castelo de Windsor com uma breve procissão fúnebre, seguido por um serviço religioso restrito e um enterro privado. O duque foi sepultado em privado na abóbada real da capela. As cornetas tocaram "The Last Post", tema utilizado em funerais militares britânicos, e "Action Stations", sinal que chama os marinheiros aos seus cargos, a pedido expresso de Philip, que serviu na Marinha Real durante a Segunda Guerra Mundial. O Arcebispo de Canterbury deu a bênção antes do hino nacional.

Foto: Jonathan Brady / POOL / AFP

O corpo de Philip foi transportado em um Land Rover especial, que o próprio príncipe ajudou a projetar por mais de 16 anos. O carro entrou no pátio do castelo ao som da banda militar. Enquanto os convidados acompanhavam o cortejo a pé, a rainha se juntou à retaguarda em um automóvel.

A procissão teve oito minutos de duração e contou com saudações de honra e toque do sino na torre do castelo. Participaram dele os filhos da rainha e de Philip, Charles (herdeiro do trono), Anne, Andrew e Edward, e alguns de seus netos, William, Harry e Peter Phillips. Também estavam presentes o marido de Anne, Timothy Laurence, e o sobrinho do monarca, David Linley.

Foto: Gareth Fuller / AFP / POOL

"O país vai sentir falta dele" 

Devido ao coronavírus, os britânicos foram aconselhados a não viajar para Windsor. Mesmo assim, alguns decidiram fazer a viagem enquanto a maior parte do país acompanhava o ato pela televisão. "As pessoas não deveriam vir, mas este é um grande evento, o único em uma geração. O duque foi especial, então esperamos por muitas pessoas", disse à AFP Mark, 57 anos, um entre dezenas de policiais nas ruas de Windsor.

Nas proximidades do castelo, os curiosos também ficaram em silêncio, como Kaya Mar, um pintor de 65 anos que chegou no primeiro trem de Londres com um grande retrato de Felipe debaixo do braço. "Foi muito importante para mim estar aqui hoje", disse, considerando que "era um bom homem" e "o país vai sentir falta dele".

Sem pompa e com máscaras

O príncipe consorte, falecido em Windson em 9 de abril, dois meses antes de seu centésimo aniversário, foi companhia constante de Elizabeth II, corada com apenas 25 anos em 1952, quando o Reino Unido se reconstruía após a Segunda Guerra Mundial e seu império começava a perder força.

A monarca publicou neste sábado uma foto comovente do casal descontraído no Parque Nacional Cairngorms da Escócia em 2003. Imagens de momentos marcantes do casamento foram divulgadas nas redes sociais da família real.

Os funerais da realeza britânica geralmente têm grande alcance, aperfeiçoados ao longo dos anos e assistidos por monarcas e líderes de todo o mundo. Mas as restrições impostas pelo coronavírus obrigaram a modificar os planos de sepultamento de Philip, que se limitaram a 30 convidados íntimos com máscaras e distanciamento de segurança.


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