Gasoduto russo Nord Stream retoma operações após manutenção

Gasoduto russo Nord Stream retoma operações após manutenção

Governo alemão temia que o gasoduto não fosse reaberto por Moscou

AFP

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O gasoduto Nord Stream, que liga a Rússia à Alemanha, retomou as operações nesta quinta-feira (21) após dez dias de manutenção. "Funciona", disse um porta-voz da empresa Nord Stream à AFP, sem especificar a quantidade de gás fornecida. Os dados serão divulgados posteriormente.

O governo alemão temia que o gasoduto não fosse reaberto por Moscou após o período de manutenção, que começou em 11 de julho. De acordo com os dados enviados pela Gazprom à Gascade, operadora de rede alemã, o gasoduto deverá fornecer 530 GWh durante o dia. Isso seria apenas 30% de sua capacidade, destacou no Twitter o presidente da Agência Alemã de Redes, Klaus Müller. Esse volume seria dez pontos percentuais menor do que antes das obras.

Citando a ausência de uma turbina em manutenção no Canadá, a Gazprom reduziu sua capacidade de fornecimento através do Nord Stream para 40% em junho. A gigante russa Gazprom afirmou que não poderia garantir a retomada do fornecimento pelo gasoduto, alegando a ausência da turbina, necessária para operar uma estação de compressão. Berlim argumentou que era um "pretexto" para justificar decisões políticas.

Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin falou sobre as perspectivas do Nord Stream para as próximas semanas. Ele sugeriu que o gasoduto poderia retomar as operações na manhã desta quinta-feira, mas se a Rússia não receber a turbina que falta, funcionará com 20% da capacidade na próxima semana. Disse que uma segunda turbina está prevista para manutenção no final de julho.

Rússia culpa ocidentais por problemas no fornecimento

O Kremlin afirmou, hoje, que as restrições ocidentais são a causa dos problemas técnicos na entrega de gás russo para a Europa. "São essas restrições que impedem o conserto de equipamentos, especialmente turbinas em estações de compressão", disse o porta-voz presidencial Dmitri Peskov. Ele rejeitou as acusações de que a Rússia usa o gás como "chantagem". 

No contexto do conflito na Ucrânia e da luta entre Moscou e ocidentais por energia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse na quarta-feira que Vladimir Putin usa o gás como "uma arma". Dmitri Peskov repetiu que a gigante russa do gás Gazprom cumprirá "todas as suas obrigações".


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