Ghosn teria usado passaportes franceses para fugir do Japão

Ghosn teria usado passaportes franceses para fugir do Japão

Ex-presidente da aliança Renault-Nissan escapou de prisão domiciliar

AFP

Carlos Ghosn fugiu de prisão domiciliar no Japão

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O ex-presidente da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn, que fugiu do Japão, onde estava em prisão domiciliar, tinha dois passaportes franceses, incluindo um que sempre levava em uma mala trancada, informou uma fonte próxima ao caso. O empresário seguiu em direção ao Líbano, onde teria desembarcado ainda na última segunda-feira. Ghosn, alvo de quatro acusações e em prisão provisória sob fiança desde abril de 2019, vivia com certa liberdade de movimento no Japão, mas sob condições estritas. Confirmando as informações do canal público japonês NHK, a fonte indicou que os advogados do executivo conservavam três passaportes (um francês, um libanês e um brasileiro), mas que Ghosn tinha dois passaportes franceses. 

Uma autorização excepcional do tribunal permitia que ele ficasse com um dos dois documentos franceses, trancado em uma mala que estava em sua posse. A chave, no entanto, ficava com seus advogados, explicou a fonte. O documento servia como visto de curta duração no arquipélago e ele precisava utilizá-lo em seus deslocamentos internos.

 A França não vai extraditar Carlos Ghosn se o ex-CEO da aliança Renault-Nissan chegar ao país, afirmou nesta quinta-feira a secretária de Estado francesa da Economia, Agnès Pannier-Runacher. "Se o senhor Ghosn chegar à França, não extraditaremos o senhor Ghosn porque a França nunca extradita seus cidadãos", disse Pannier-Runacher ao canal BFMTV. 


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