Governo da Bolívia anuncia liberação de dois membros do ex-governo de Morales

Governo da Bolívia anuncia liberação de dois membros do ex-governo de Morales

Ex-ministros foram presos quando partiam para um exílio no México após receber salvo-condutos do governo

AFP

Morales vive em Buenos Aires desde dezembro, procedente do México

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O governo de transição da Bolívia anunciou a liberação de dois membros da gestão do ex-presidente Evo Morales, detidos horas antes no aeroporto de La Paz, quando partiam para um exílio no México após receber salvo-condutos do governo. O ex-ministro da Mineração César Navarro e Pedro Damián Dorado, ex-ministro de Desenvolvimento Agrícola Rural, que estavam há mais de 40 dias na residência diplomática do México, foram detidos no aeroporto de La Paz na presença de funcionários da União Europeia e da embaixada mexicana.

No entanto, o ministro do Governo (Interior), Arturo Murillo, disse algumas horas depois que a prisão foi fruto de "uma descoordenação entre o ministério público e a política nacional" e que os detentos iriam "deixar o país com todas as garantias do Estado boliviano".

O ministério das Relações Exteriores da Bolívia também disse no Twitter que "a embaixada do México transferiu dois asilados para o aeroporto de El Alto com a garantia dada pelas condutas de segurança estendidas pelo governo boliviano. Nesse sentido, os asilados devem ser transferidos para o México sem nenhum problema, sob a garantia de condutas seguras".

A prisão de Navarro e Dorado aconteceu pouco depois da detenção na sexta-feira da representante legal do ex-presidente, responsável pela execução dos procedimentos para a nomeação de Morales como candidato a deputado nas eleições de 3 de maio. A advogada Patricia Hermosa é acusada pelo governo de transição da direitista Jeanine Áñez de "sedição e terrorismo".

Morales vive em Buenos Aires desde dezembro, procedente do México. O ex-presidente encontrou refúgio no país da América do Norte após renunciar ao poder em novembro, forçado por um protesto social que denunciou fraude nas eleições anuladas de outubro e depois que os militares retiraram seu apoio.


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