Governo do Chile decreta sétimo toque de recolher e manifestantes tentam invadir Congresso

Governo do Chile decreta sétimo toque de recolher e manifestantes tentam invadir Congresso

Defesa Nacional atrasou em uma hora o início da medida

AFP e Agência Brasil

País já passa por protestos violentos há uma semana

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O Conselho de Defesa Nacional encarregado da segurança de Santiago decretou nesta sexta-feira o sétimo toque de recolher consecutivo à noite, mas atrasou em uma hora o início da medida destinada a lidar com os protestos populares.

A Defesa Nacional decretou para a região metropolitana "toque de recolher das 23h00 de 25 de outubro até as 04h00 de 26 de outubro", informou o Exército no Twitter.

Ainda no início desta tarde manifestantes tentaram invadir o Congresso Nacional chileno, mas foram detidos por Carabineros, a polícia chilena, com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser evacuado e as atividades legislativas suspensas.

É o oitavo dia de protestos no país. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atualmente alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que enviará, na próxima segunda-feira, uma missão de verificação para acompanhar os conflitos no país e examinar denúncias de violações dos direitos humanos.

Manifestações

As manifestações começaram na semana passada, com o anúncio do aumento das passagens do metrô. E mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter voltado atrás e cancelado o aumento, os protestos continuaram. O Chile, um país reconhecido por ter bons indicadores de governança, expôs suas debilidades e uma grande desigualdade social. Os manifestantes reclamam do alto custo de vida, dos baixos salários e aposentadorias, do sistema de saúde e educação, que não é acessível a todos.

Pacote

O presidente Sebastián Piñera anunciou um pacote de medidas para tentar acalmar os ânimos e conter as manifestações, mas não foi suficiente. Os protestos continuaram. A população argumenta que nenhuma das medidas anunciadas terá aplicação imediata e que são iniciativas que ainda terão de passar pelo Congresso.


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