Governo escocês quer organizar novo referendo consultivo sobre a independência

Governo escocês quer organizar novo referendo consultivo sobre a independência

Para organizar a votação referendo, primeira-ministra deve obter o acordo do governo britânico

AFP

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A primeira-ministra escocesa anunciou nesta terça-feira (28) que quer organizar um referendo "consultivo" sobre a independência em outubro de 2023, apesar do fracasso de uma consulta em 2014 e a rejeição do governo britânico em autorizar esta votação.  "Posso anunciar que o governo escocês propõe que o referendo sobre a independência ocorra em 19 de outubro de 2023", disse a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon no Parlamento local. 

Para organizar este referendo, Sturgeon, chefe do partido separatista SNP, deve obter o acordo do governo britânico, que se opõe energicamente. Os escoceses já foram consultados sobre o assunto em 2014 e 55% votou para permanecer no Reino Unido.

Com base nessa votação, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirma que um referendo deste tipo só pode acontecer "uma vez por geração". O SNP estima, no entanto, que o Brexit mudou a situação, já que 62% dos escoceses se opuseram à saída da União Europeia.

O objetivo do SNP é que a Escócia se torne membro da União Europeia como Estado independente. Nicola Sturgeon declarou que está disposta a negociar com o primeiro-ministro britânico, mas alertou que não permitiria que "a democracia escocesa seja prisioneira de Boris Johnson ou de qualquer outro primeiro-ministro".

Antes deste discurso, Boris Johnson reiterou seu compromisso com a unidade do reino. "Sem dúvida acreditamos que nosso plano para uma economia mais forte funciona melhor quando o Reino Unido está unido do que quando não está", destacou o líder conservador da televisão britânica à margem do G7 na Alemanha.


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