Governo flexibiliza confinamento em Buenos Aires apesar do alto nível de infecções

Governo flexibiliza confinamento em Buenos Aires apesar do alto nível de infecções

Argentina soma 114.770 casos de Covid-19, com 2.133 mortos

AFP

Presidente Alberto Fernandez anunciou flexibilização de medidas contra a Covid-19 em Buenos Aires

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O governo argentino anunciou nesta sexta-feira uma flexibilização do confinamento na região metropolitana de Buenos Aires com a retomada gradual das atividades a partir da próxima segunda-feira. A medida será tomada apesar da persistência de um número elevado de infecções pelo novo coronavirus. 

Na capital e periferia, será reaberto o comércio não-essencial, indústrias e serão permitidas algumas atividades profissionais, além de saídas esportivas e cultos limitados em templos religiosos, anunciaram o prefeito Horacio Larreta e o governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, em entrevista coletiva com o presidente Alberto Fernández.

O presidente argentino pediu que a população redobre os cuidados individuais. "Estamos muito longe de termos superado a situação. O risco é latente", assinalou Fernández. "O esforço que fizemos permite que nos mostremos como um dos países com menor número de mortos."

Com uma população de 44 milhões de habitantes, a Argentina soma 114.770 casos de Covid-19, com 2.133 mortos. O índice de mortalidade é de 46,5 a cada 100.000 habitantes. Há duas semanas, o número de infectados é de cerca de 3 mil por dia. A região metropolitana de Buenos Aires, onde vivem 14 milhões de pessoas, concentra mais de 90% dos casos.

O confinamento na Argentina começou em 20 de março e foi sendo flexibilizado aos poucos, principalmente nas províncias em que o número de casos foi baixo. Mas Buenos Aires e sua periferia interromperam este processo há duas semanas, devido a uma aceleração do ritmo de infecções e ao medo de superlotação do sistema de saúde. A nova etapa de flexibilização se estenderá até 2 de agosto.

O impacto do isolamento na economia foi bastante alto, com uma queda de 26,4% do PIB em abril e um aumento da pobreza e do desemprego. "Há um problema de saúde e há um problema social, econômico e afetivo", assinalou o governador Kicillof.

 

 


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