Governo francês suspenderá aumento dos combustíveis para conter protestos
Quatro pessoas já morreram em incidentes relacionados a manifestações
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Fontes oficiais também confirmaram o cancelamento de uma reunião prevista para esta terça-feira entre alguns representantes dos "coletes amarelos" e o primeiro-ministro. O novo delegado geral do LREM, Stanislas Guerini, havia solicitado publicamente uma moratória do aumento dos impostos sobre os combustíveis para "apaziguar o país".
"Acredito que seria saudável, acredito que é necessário apaziguar o país", declarou Guerini, que admitiu ter mudado de opinião sobre o tema. Desde 17 de novembro a França é cenário de protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis, organizados pelo movimento dos "coletes amarelos".
Os protestos de sábado passado terminaram com atos de violência nas ruas de Paris e outras cidades, com vários incêndios de carros, lojas, uma praça de pedágio em uma rodovia e a sede de uma prefeitura. Na segunda-feira, a mobilização ganhou a adesão de estudantes do ensino médio. Associações de agricultores anunciaram protestos na próxima semana.
Apesar da violência, 72% dos franceses apoiam os "coletes amarelos", que ampliaram as reivindicações e passaram a exigir aumento dos salários e das pensões, além de maior justiça fiscal, segundo uma pesquisa do instituto Harris Interactive.
Quatro pessoas morreram em incidentes relacionados aos protestos. A vítima mais recente foi uma mulher de 80 anos que não resistiu aos ferimentos sofridos após o lançamento de uma bomba de gás lacrimogêneo em Marselha.