Guia Supremo do Irã chama integrantes do governo dos EUA de palhaços
Aiatolá Ali Khamenei afirmou que os governos do Reino Unido, França e Alemanha são covardes diante dos norte-americanos
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Durante um sermão da grande oração semanal muçulmana, o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, chamou os oficiais dos Estados Unidos de palhaços. As tensões entre os dois países aumentaram com a morte do general Qassem Soleimani e com os últimos bombardeios iranianos em bases norte-americanas localizadas no Iraque. Além disso, o uso de um míssil para abater um avião comercial, que caiu com 176 pessoas a bordo, aumentou a onda de protestos em no país do Oriente Médio.
Khamenei ainda considerou que os governos do Reino Unido, da França e da Alemanha são covardes diante dos Estados Unidos no que diz respeito à questão nuclear. "Está provado agora que eles são os lacaios dos Estados Unidos, e esses governos covardes esperam que o Irã se submeta", disse o aiatolá.
Assinado em Viena em 2015, entre a República Islâmica e o grupo P5+1 (China, Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e Alemanha), o acordo sobre o programa nuclear iraniano se encontra em perigo, após ser unilateralmente abandonado pelo presidente americano, Donald Trump, em 2018.
Na sequência, os EUA voltaram a impor duras sanções econômicas a Teerã. Em retaliação, o Irã se liberou dos compromissos do texto, o qual limitava drasticamente suas atividades nucleares. França, Reino Unido e Alemanha, que assinaram o acordo, anunciaram na terça-feira que estavam recorrendo ao mecanismo de resolução de controvérsias para forçar Teerã a aplicar o texto de forma integral.
Segundo o líder iraniano, esta decisão visa a "ofuscar" a morte do poderoso general iraniano Qassem Soleimani, assassinado em Bagdá, em 3 de janeiro, por disparos de um drone americano. Em represália, o Irã lançou mísseis em 8 de janeiro contra duas bases que abrigavam americanos no Iraque e, por engano, derrubou um avião de passageiros. Todas as 176 pessoas a bordo morreram na tragédia.