Guiana Francesa caça quadrilha brasileira acusada de dezenas de assassinatos
Manoelzinho controla grupo de garimpo ilegal perseguido no Parque da Amazônia
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Os investigadores consideram o bando suspeito de ter matado, em 27 de junho passado, dois suboficiais do 9º Regimento de Infantaria Marinha (RIMA), que patrulhavam uma das zonas de garimpagem de ouro mais produtivas da Guiana. Naquele dia, em Dorlin , a 60 quilômetros do Suriname, três soldados ficaram feridos durante um violento confronto, com armas de guerra com calibres de 5.56 mm e 7.65 mm.
As autoridades voltaram 15 dias depois para recuperar o controle do lugar, onde muitos garimpeiros ilegais ainda atuam. A localidade de Regina foi transformada no quartel-general da operação contra os suspeitos, fortemente armados e liderados Manoelzinho. De Dorlin, uma parte do bando fugiu para o coração do Parque da Amazônia, nos arredores de Saul, depois de atacar garimpeiros cujos pontos escavados nas colinas ainda não estavam sob seu controle. Carregados de ouro, os criminosos desceram para o litoral pelo rio Aproak, até Regina, a menos de 90 quilômetros do Brasil, onde feriram dois pescadores quando tentavam roubar sua embarcação.
A 25 quilômetros de Regina, na pista de Belizon, outra rota de ouro ilegal, um posto de controle permanente foi reforçado. Na entrada, os policiais com armas nas mãos revistam todos os carros de chegam e saem. "Graças aos controles, agora existem menos imigrantes ilegais", comenta uma funcionária pública. "A culpa da situação é do Estado francês que deixou os garimpeiros agir durante tantos anos", acrescentou.