Homens do EI fazem reféns em restaurante de Bangladesh

Homens do EI fazem reféns em restaurante de Bangladesh

Cerca de dez homens invadiram estabelecimento abrindo fogo e usando explosivos

AFP

Cerca de dez homens invadiram estabelecimento abrindo fogo e usando explosivos

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Um grupo de homens armados invadiu nesta sexta-feira o restaurante Holey Artisan Bakery, no bairro diplomático de Dacar, em Bangladesh, fazendo de reféns um número indeterminado de clientes, anunciaram fontes oficiais, que confirmaram o óbito de pelo menos dois policiais.

"O ataque deixou mais de 20 mortos de diferentes nacionalidades", garante a agência de notícias Amaq, ligada ao grupo Estado Islâmico (EI). Amaq também reinvindicou o ataque. "Comandos do Estado Islâmico atacam um restaurante frequentado por estrangeiros na cidade de Daca, em Bangladesh", afirma a nota da agência divulgada nas redes sociais.

De acordo com uma fonte policial, aos gritos de "Allahu Akbar" ("Alá é grande"), cerca de dez homens invadiram o restaurante, às 21h20 locais (12h20, horário de Brasília), abrindo fogo e usando explosivos. O estabelecimento é frequentado por diplomatas e empresários estrangeiros que vivem em Bangladesh. Sumon Reza, um dos gerentes do estabelecimento, conseguiu escapar pelo telhado para uma loja vizinha. Ele relatou que os invasores fizeram cerca de 20 reféns.

Policiais e agentes pesadamente armados isolaram o bairro desde que o tiroteio começou e mantinham a área cercada, no bairro nobre de Gulshan, na madrugada deste sábado (horário local). A Polícia confirmou que dois de seus homens foram mortos e vários outros ficaram feridos. "Queremos resolver a situação de forma pacífica", disse o chefe das Forças de Elite da Polícia, Benazir Ahmed, confirmando que houve comunicação com os agressores. 

O tiroteio explodiu perto do Nordic Club, um estabelecimento bastante frequentado por estrangeiros dos países nórdicos. Próximo ao local também fica a embaixada do Catar. A elite das forças de segurança foi espalhada no bairro, e o chefe da unidade, Benazir Ahmed, disse aos repórteres que estava tentando fazer contato com os criminosos para negociar.

O Departamento de Estado americano anunciou que, segundo suas informações, tratava-se de um sequestro. A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama está acompanhando a situação.

Bangladesh vem sofrendo uma onda de assassinatos dos defensores da laicidade, de intelectuais e de membros das minorias religiosas. Esses ataques têm sido atribuídos a grupos extremistas. Foram mais de 50 mortes em três anos.

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