Hong Kong pede que EUA não interfira por manifestantes

Hong Kong pede que EUA não interfira por manifestantes

Milhares de pessoas participam de movimento contra lei de extradição

AFP

Manifestantes pedem apoio frente ao Congresso norte-americano

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A chefe do poder executivo de Hong Kong, Carrie Lam, solicitou aos Estados Unidos nesta terça-feira que não interfiram nos assuntos internos do território, após manifestações pedindo que Washington aumente a pressão sobre Pequim. "É extremamente impróprio que qualquer país interfira nos assuntos de Hong Kong", disse Lam à imprensa.

Centenas de milhares de pessoas têm participado de manifestações em Hong Kong nas últimas 14 semanas, no maior desafio ao controle da China sobre este território entregue pelo Reino Unido em 1997. No domingo, os militantes pró-democracia se concentraram diante do consulado dos Estados Unidos para pedir que o Congresso em Washington aprove uma declaração de apoio aos protestos.

Tal declaração poderia afetar as vantagens comerciais que Hong Kong mantém com os Estados Unidos. Na visão de Lam, qualquer mudança nas relações com Washington representaria uma ameaça aos "benefícios mútuos". "Espero que não haja mais pessoas em Hong Kong que peçam aos Estados Unidos a aprovação de tal legislação".

A ex-colônia britânica atravessa sua pior crise desde sua devolução para a China, com ações quase diárias para denunciar, especialmente, o recuo nas liberdades e a crescente ingerência de Pequim nos assuntos de sua região semiautônoma. Na última quarta, Carrie Lam surpreendeu ao retirar o impopular projeto de lei que permitia extradições para a China. O texto foi o gatilho para os protestos iniciados em junho.


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