Hong Kong registra novos protestos após plano da China de impor nova lei de segurança nacional

Hong Kong registra novos protestos após plano da China de impor nova lei de segurança nacional

Atos tiveram confronto entre manifestantes, em sua maioria formado por jovens, e a polícia local

AE

Mais de 120 prisões, principalmente por montagem ilegal, foram feitas, informou a polícia

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A região autônoma de Hong Kong voltou a registrar protestos na manhã deste domingo contra o partido Comunista da China, após o anúncio de que o país planeja uma nova lei de segurança nacional. Os atos tiveram confronto entre manifestantes, em sua maioria formado por jovens, e a polícia local. A manifestação desafia as regras de distanciamento social do país. 

A polícia utilizou gás lacrimogêneo, canhões de água e spray de pimenta para dispersar milhares de manifestantes espalhados pelo distrito. Mais de 120 prisões, principalmente por montagem ilegal, foram feitas até às 17h (horário local), informou a polícia. 

As tensões aumentaram na cidade desde que a China sinalizou na última quinta-feira que implementaria unilateralmente leis contra subversão e terrorismo, bem como conluio com forças estrangeiras - cuja as quais Pequim culpa por provocar protestos em massa no ano passado. 

Grupos pró-democracia em Hong Kong disseram que a decisão de Pequim de ignorar o governo local e a legislatura violou sua promessa de "um país, dois sistemas", conforme acordado com a Inglaterra quando o território foi devolvido em 1997. Segundo esse acordo, a China prometeu defender até 2047, a autonomia do centro financeiro em questões como direito, bem como a liberdade de expressão e reunião das pessoas. 

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse neste domingo que a medida do legislador chinês visa à "minoria minúscula" cujas atividades prejudicam gravemente a segurança nacional. "Isso não afeta o alto grau de autonomia de Hong Kong, não afeta os direitos e liberdades dos residentes de Hong Kong e não afeta os interesses legítimos dos investidores estrangeiros em Hong Kong", afirmou. 

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse que apoia a nova legislação e que a norma garantiria estabilidade e prosperidade na cidade.  


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