Hong Kong suspende diálogo com estudantes pró-democracia
Governo atribuiu colapso das negociações a líderes estudantis
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Os líderes estudantis e o Executivo local haviam concordado na terça-feira em realizar uma reunião para debater suas reivindicações nesta sexta-feira. O movimento pró-democracia obteve o apoio de boa parte da população, mas após oito dias de paralisação em Hong Kong os habitantes perderam a paciência.
Hong Kong enfrenta a maior crise política desde a devolução à China, em 1997
Apesar de a China concordar em estabelecer o sufrágio universal na próxima eleição para o Executivo do território autônomo em 2017, pretende manter o controle das candidaturas, uma proposta inaceitável para o movimento pró-democracia. Os manifestantes também exigiam, em vão, a renúncia do número um do executivo, Leung Chun-ying, que é visto como um fantoche de Pequim.
Em cenas pouco frequentes em Hong Kong, a polícia recorreu em 28 de setembro ao uso de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. A imprensa local e internacional chegaram a evocar a repressão ao movimento democrático na praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial) em 1989 que, de acordo com fontes independentes, deixou centenas de mortos em Pequim, sem contar no restante da China.