Inundações na Indonésia e Timor Leste deixam ao menos 50 mortos

Inundações na Indonésia e Timor Leste deixam ao menos 50 mortos

Autoridades temem que número de vítimas seja ainda maior

AFP

Autoridades temem que número de vítimas seja ainda maior

publicidade

Ao menos 50 pessoas morreram neste domingo em inundações e deslizamentos de terra na ilha indonésia de Flores, no leste do país, segundo as autoridades, que temem que o número de vítimas seja ainda maior. "Há 44 pessoas mortas e nove feridas" na região leste de Flores e "muitas (...) continuam debaixo da lama", disse à AFP o porta-voz da agência de gestão de desastres, Raditya Jati. Horas antes, a agência registrou 23 mortos, nove feridos e dois desaparecidos.

As chuvas torrenciais provocaram inundações em vários distritos da Ilha de Flores, onde a maioria da população é católica, por volta da 1h (14h de sábado, hora de Brasília), horas antes do início das celebrações da Semana Santa. Dezenas de casas foram cobertas pela lama, enquanto pontes e estradas foram destruídas na parte leste da ilha.

A única via de acesso agora é pelo mar, a partir da ilha de Adonara, "mas as chuvas e a forte maré tornam impossível a travessia", disse Jati à AFP. Espera-se que as condições meteorológicas extremas continuem durante toda a semana na região.

Além disso, as inundações causadas pelas fortes chuvas afetaram neste domingo a cidade de Bima, na província vizinha das ilhas da Sonda ocidentais (West Nusa Tenggara), e causaram a morte de duas pessoas, segundo a agência. Represas transbordaram e submergiram quase 10 mil casas em Bima, após nove horas de chuvas, disse Jati.

Os deslizamentos de terra e as inundações repentinas são habituais no arquipélago indonésio, especialmente durante a temporada de chuvas. Mas ambientalistas apontam o desmatamento como um fator que favorece estres desastres. Em janeiro, 40 indonésios morreram em inundações que afetaram a cidade de Sumedang, no oeste de Java.

A agência nacional de gestão de catástrofes calcula que 125 milhões de indonésios, aproximadamente a metade da população do arquipélago, vivem em áreas de risco de deslizamentos.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895