Investigação mostra que atentados no Sri Lanka foram "represália" por Christchurch

Investigação mostra que atentados no Sri Lanka foram "represália" por Christchurch

Ataque na Nova Zelândia, ocorrido em março, deixou 50 pessoas mortas

AFP

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Os primeiros elementos da investigação sobre os os atentados que deixaram mais de 300 mortos no Sri Lanka no domingo mostram que os ataques foram uma represália ao recente massacre em duas mesquitas da Nova Zelândia, afirmou o ministro cingalês da Defesa.

"As investigações preliminares revelaram que o que aconteceu no Sri Lanka foi uma represália pelo ataque contra os muçulmanos de Christchurch", declarou no Parlamento Ruwan Wijewardene, em referência ao ataque que deixou 50 mortos no dia 15 de março em duas mesquitas da grande cidade do Sul da Nova Zelândia.

Wijewardene disse que as investigações revelam que o grupo National Thowheeth Jama'ath (NTJ) está por trás dos ataques que tem vínculos com o relativamente desconhecido movimento islamita radical na Índia, o JMI (Jamaat-ul-Mujahideen India).

As autoridades têm poucas informações sobre o JMI, exceto alguns dados revelados ano passado e que está ligado a um grupo de nome similar em Bangladesh. O ministro acrescentou que o país está recebendo apoio internacional na investigação, mas não revelou detalhes.

Irmãos 

Dois irmãos cingaleses muçulmanos, que estavam entre os homens-bomba, tiveram papel fundamental nos atentados que deixaram mais de 300 mortos no domingo no Sri Lanka, onde um ataque contra um quarto hotel falhou, anunciaram fontes próximas à investigação.

Os dois irmãos, com pouco mais de 20 anos e que não tiveram os nomes revelados, coordenavam uma "célula terrorista" familiar, segundo os investigadores. Eles detonaram suas cargas explosivas no domingo no Cinnamon Grand Hotel e no Shangri-La de Colombo, respectivamente. Um quarto hotel de luxo, próximo aos três que foram alvos de ataques, também estava na lista de alvos.


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