Irã tenta não superar limite máximo de urânio enriquecido

Irã tenta não superar limite máximo de urânio enriquecido

País ameaçou não respeitar pacto após retirada unilateral dos EUA

AFP

Violação do texto aumenta tensões no Irã, já afetado por sanções

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O Irã evitará exceder nesta quinta-feira o volume máximo de suas reservas de urânio enriquecido conforme estabelecido no acordo nuclear de 2015, informou uma fonte diplomática em Viena. "Não será superado hoje", disse a fonte à AFP, sob anonimato, evocando uma possível "razão política" para essa retenção, enquanto os europeus multiplicaram nos últimos dias seus esforços para reduzir a tensão no Golfo.

O Irã anunciou em meados de junho que aumentaria o limite máximo de 300 kg de urânio enriquecido em 3,67%, conforme previsto no acordo de Viena. Teerã disse que não mais se considerava obrigado a respeitar o limite, um ano após a retirada unilateral dos Estados Unidos do pacto, em maio de 2018. O Irã também ameaçou enriquecer o urânio a partir de 7 de julho, além dos 3,67% permitidos.

Caso sejam concretizadas, essas violações ao texto enfraquecerão ainda mais o acordo com as grandes potências, cujo objetivo é garantir o caráter estritamente pacífico do programa nuclear iraniano, já severamente afetado pelas sanções decretadas pelos Estados Unidos. Na terça-feira, em um gesto conciliador, o presidente iraniano Hassan Rohani assegurou por telefone ao seu colega francês Emmanuel Macron que o Irã "não busca a guerra com nenhum país", apesar das tensões com os Estados Unidos no Golfo.


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