Iraque registra mais quatro mortos em protestos

Iraque registra mais quatro mortos em protestos

Manifestações violentas exigem reformas e queda do governo atual

AFP

Repressão à movimento já deixou 3030 mortos desde outubro

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Quatro manifestantes morreram e dezenas ficaram feridos na capital iraquiana nas últimas horas em confrontos com a polícia, informaram fontes oficiais. Bagdá e o sul do Iraque registram protestos desde outubro que exigem reformas e a queda dos atuais líderes políticos, considerados corruptos e incompetentes.

As manifestações, marcadas pela violência, já deixaram 330 mortos, fundamentalmente manifestantes. Na quarta-feira, os manifestantes que estavam na praça Tahrir tentaram atravessar três pontes sobre o rio Tigre para seguir até a sede do governo.

As forças de segurança estabeleceram uma barreira para impedir a passagem. Também usaram gás lacrimogêneo e munição letal. Uma das vítimas fatais foi morta a tiros e outra ao ser atingida por uma granada de gás lacrimogêneo, segundo fontes médicas. Organizações humanitárias criticaram as autoridades pelo lançamento das enormes granadas de gás lacrimogêneo diretamente contra os manifestantes e não para o ar.

A granada utilizada pela polícia iraquiana é 10 vezes mais pesada que a normal e fratura crânios e torsos. As ONGs afirmam que dezenas de pessoas morreram desta maneira nas últimas semanas. Os confrontos das últimas horas deixaram 50 feridos, incluindo seis pessoas atingidas por tiros.

As autoridades temem que os manifestantes atravessem a ponte Al Sinek e sigam até a embaixada do Irã. Também não querem que eles passem pela ponte Al Ahrar para protestar diante do Banco Central e outros prédios públicos. Na praça Tahrir, os manifestantes criticam o Irã por apoiar o atual governo, aprovando o uso da violência contra aqueles que protestam nas ruas.


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