Israel anuncia prisão de 20 membros do Hamas na Cisjordânia

Israel anunciou neste domingo a prisão de mais de 20 pessoas e a apreensão de explosivos, ao desmantelar uma célula do Hamas, que supostamente estava preparando "ataques graves" contra alvos israelenses. Os membros da célula procediam majoritariamente da cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, e esta esteve ativa durante cerca de seis meses antes de ser desmantelada em abril, informou a agência de segurança israelense Shin Bet em um comunicado.

"Prendemos e neutralizamos explosivos que iam ser utilizados contra alvos israelenses", indicou o oficial do Exército israelense Guy Rousso aos jornalistas. "Encontramos uma bomba de sete quilos pronta para ser usada em um povoado palestino perto de Nablus", acrescentou Rousso, que participou da operação.

As forças de segurança israelenses também encontraram equipamentos para fabricar bombas e afirmaram ter frustrado "ataques graves", segundo o comunicado do Shin Bet. "As prisões mostram, mais uma vez, a disposição e os esforços do Hamas para pôr em funcionamento infraestrutura terrorista para cometer ataques em Israel", apontou o Shin Bet.

O Hamas controla a Faixa de Gaza, e Israel o considera seu arqui-inimigo. A Cisjordânia está governada pela Autoridade Palestina, dirigida pelo presidente Mahmud Abbas. Ao menos 130 palestinos foram mortos por soldados israelenses desde que começaram os protestos nas imediações da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, em 30 de março.

Os manifestantes reivindicam o direito dos palestinos a voltar às terras de onde foram expulsos, ou que se viram obrigados a abandonar em consequência da criação do Estado de Israel, em 1948. Da mesma forma, rejeitam o reconhecimento por parte dos Estados Unidos de Jerusalém como capital israelense, para onde transferiu sua embaixada, enquanto os palestinos querem que a parte leste da cidade sagrada seja a capital do Estado a que aspiram.