Itália detecta caso de nova cepa do vírus da Covid-19 após suspender voos com o Reino Unido

Itália detecta caso de nova cepa do vírus da Covid-19 após suspender voos com o Reino Unido

Ministério da Saúde italiano confirmou primeira infecção por variante do coronavírus registrada na Inglaterra

AFP

País fechou as fronteiras com o Reino Unido para evitar a transmissão

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A Itália detectou, neste domingo, o primeiro caso de contágio de uma nova cepa do coronavírus, identificada pela primeira vez no Reino Unido e que pode ser mais contagiosa, após decidir suspender voos desse país. Em nota divulgada à noite, o Ministério da Saúde especificou que um paciente infectado com a nova cepa foi identificado na Itália, no hospital militar Celio, em Roma.

Este centro revelou "o genoma do vírus SARS-CoV-2 de um indivíduo que testou positivo para a variante [do novo coronavírus] encontrada nas últimas semanas no Reino Unido", aponta o comunicado.

O paciente voltou recentemente deste país de avião e ele e seus familiares estão em quarentena, segundo a mesma fonte. Mais cedo, a Itália havia anunciado a suspensão dos voos do Reino Unido.

"O Reino Unido lançou um alerta sobre uma nova forma de Covid-19 que seria o resultado de uma mutação do vírus. Como governo, temos o dever de proteger os italianos e, por essa razão, vamos assinar com o ministro da Saúde um decreto para suspender os voos com o Reino Unido", escreveu Luigi Di Maio, ministro das Relações Exteriores, em sua conta no Facebook, sem especificar quando esta medida entrará em vigor.

Segundo a rede Sky TG-14, o aeroporto de Fiumicino, o principal de Roma, bloqueou os embarques em voos com destino Reino Unido. "Assinei uma nova ordem que bloqueia os voos procedentes do Reino Unido e proibiu a entrada na Itália de pessoas que tenham estado lá nos últimos 14 dias", indicou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em um comunicado.

"Todos aqueles que estiverem na Itália procedentes deste território devem fazer um teste, de antígeno ou molecular", acrescentou o comunicado, no qual se perdia para exercer a "maior prudência possível".

A decisão chega no dia seguinte ao anúncio do primeiro-ministro britânico Boris Johnson sobre o reconfinamento de Londres e partes do sudeste da Inglaterra até 30 de dezembro.

O líder britânico relacionou o aumento de casos de Covid-19 nessas áreas com a nova cepa do coronavírus descoberta por lá que, segundo ele, poderia ter até 70% mais infecciosa. Por conta disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos seus membros europeus neste domingo para "reforçar seus controles".


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