Itália impede que barco desembarque resgatados em Lampedusa

Itália impede que barco desembarque resgatados em Lampedusa

Embarcação do Médico Sem Fronteiras não assinou código imposto pelo país para regular imigração

Agência Brasil

Itália impede que barco desembarque resgatados em Lampedusa

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As autoridades da Itália impediram neste domingo uma embarcação da organização não governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF), que não assinou o código de conduta imposto pelo país para regular a gestão da imigração, de desembarcar 127 pessoas resgatadas no Mediterrâneo na ilha de Lampedusa.

Os 127 resgatados, no entanto, foram levados a um porto de Lampedusa por duas embarcações da Guarda Costeira italiana, como explicou a ONG em seu perfil no Twitter.

A embarcação Prudence foi parada a 33 milhas da ilha italiana por dois barcos da Guarda Costeira, que fizeram a transferência das pessoas em condições de segurança, para depois levá-las ao porto italiano, detalhou a imprensa local.

A MSF é uma das organizações que não assinaram o código de conduta proposto pela Itália, e que conta com o apoio da União Europeia, que proíbe, entre outras coisas, as organizações humanitárias de terem acesso a águas territoriais da Líbia, fazer-se detectar por radares ou emitir sinais luminosos que indiquem sua posição aos traficantes de pessoas.

Além disso, exige transparência nas suas fontes de financiamento e que permitam o acesso de oficiais armados aos seus barcos, um ponto que a MSF rechaçou. "A MSF não tem problema com a presença de funcionários a bordo, mas sem armas. Trabalhamos diariamente em todas as partes do mundo para impedir que armas entrem, por exemplo, em nossos hospitais", explicou o diretor-geral do Médicos Sem Fronteiras na Itália, Gabriele Eminente, em um vídeo publicado no Twitter.

Eminente afirma que a MSF "continuará salvando vidas no mar "e lembra que nos últimos dois anos e meio a ONG ajudou "quase 70 mil pessoas".

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