Johnson pede "prudência" contra a Covid-19 antes de levantar últimas restrições no Reino Unido

Johnson pede "prudência" contra a Covid-19 antes de levantar últimas restrições no Reino Unido

Primeiro-ministro disse que momento é de confiar na responsabilidade individual da população

AFP

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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson confirmou, nesta segunda-feira (12), que as restrições contra a Covid-19 ainda vigentes na Inglaterra serão levantadas na próxima semana. O premiê disse que decidiu "restabelecer as liberdades", mas pediu "prudência" contra o aumento de casos pela muito contagiosa variante Delta.

"Acreditamos que este é o momento de aproximar a nossa nação da vida normal, portanto passaremos para a próxima etapa do nosso plano em 19 de julho", afirmou o ministro da Saúde, Sajid Javid, ao Parlamento.

A partir dessa data, o trabalho remoto deixará de ser recomendado. Será permitido retomar o lazer noturno e teatros e estádios poderão receber sua capacidade total de público. Também deixarão de ser obrigatórias as máscaras em ambientes internos e o distanciamento social.

Tudo isso apesar do fato de os contágios diários pela variante Delta do coronavírus já terem superado os 30.000 e Javid admitir que podem chegar até 100.000 neste verão boreal. Esta última etapa do processo de desconfinamento estava inicialmente prevista para 21 de junho. Após um primeiro adiamento, o líder conservador não quer atrasá-la novamente.

Johnson acredita que chegou a hora de confiar na responsabilidade individual da população, ao invés de impor normas. No entanto, alertou que, embora a bem-sucedida campanha de vacinação britânica tenha quebrado o vínculo entre aumento de casos, hospitalizações e mortes, "a pandemia não acabou e a prudência é absolutamente fundamental".

Sendo assim, "recomendamos que as pessoas cubram o rosto em lugares fechados e movimentados, como no transporte público. Pedimos às casas de festas noturnas e outros estabelecimentos com grande fluxo que usem o 'passe Covid', que mostra um comprovante da vacinação, um teste recente negativo ou a imunidade natural, como forma de entrada", explicou Johnson na coletiva.

'Lista vermelha' permanece 

O primeiro-ministro insistiu que é melhor levantar as restrições agora do que no inverno, quando os vírus respiratórios atacam mais, e deixou claro que será inevitável uma nova onda de casos no fim do confinamento. Mais de 128.000 pessoas morreram por Covid-19 no Reino Unido até agora, o pior balanço da Europa depois da Rússia.

As autoridades preveem que na próxima segunda-feira dois terços dos 56 milhões de adultos do país já terão recebido a imunização completa de duas doses e que 100% já terá recebido a primeira.

A decisão de permitir que mais de 60.000 torcedores assistissem a final da Eurocopa no domingo entre Inglaterra e Itália no estádio de Wembley em Londres também gerou preocupações pelo seu impacto nas infecções.

Entre as medidas que permanecerão está a "lista vermelha", composta por países dos quais só está permitida a chegada de cidadãos britânicos e residentes, que devem se isolar por 10 dias em um hotel pagando 1.750 libras (2.400 dólares, 2.000 euros) de seu próprio bolso.

A lista inclui toda a América do Sul, Costa Rica e República Dominicana, entre outros países. Escócia, Gales e Irlanda do Norte, que decidem suas próprias políticas sanitárias, optaram por um levantamento das restrições mais lento.

 

 

 

 

 

 

 


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