Jornal francês denuncia possível compra de votos para Rio sediar olimpíadas

Jornal francês denuncia possível compra de votos para Rio sediar olimpíadas

Diretor de Comunicação da Rio 2016, Mário Andrada, afirmou que a eleição da cidade foi limpa

Agência Brasil

COI disse ser parte no processo que corre na justiça francesa e afirmou que está comprometido em esclarecer a situação

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O jornal francês Le Monde noticiou nesta sexta-feira, que a justiça francesa encontrou elementos concretos que apontam para corrupção na eleição do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Segundo o periódico, um empresário brasileiro, próximo ao ex-governador Sérgio Cabral e que teve contratos com o estado do Rio, depositou ao menos US$ 1,5 milhão para um dos filhos do então presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo, Lamine Diack, três dias antes da votação para cidade-sede, em 2009.

Na ocasião, o Rio foi eleito em uma disputa com Chicago, Tóquio e Madri, cidade que chegou à final com a capital fluminense. O Rio venceu com 66 votos, contra 32 da capital espanhola.

O diretor de Comunicação da Rio 2016, Mário Andrada, afirmou que a eleição da foi limpa. "O resultado final mostra uma larga diferença de votos e anula essa hipótese de compra de votos. A gente não tem a menor dúvida de que o Rio ganhou de forma limpa e justa", disse. Ele disse que o comitê organizador dos Jogos Rio 2016 não foi procurado pelos investigadores franceses nenhuma vez, e que todos os documentos estão disponíveis para a apuração.

COI garante estar comprometido em esclarecer situação

Em nota, o Comitê Olímpico Internacional (COI) também se posicionou sobre a reportagem do Le Monde. O COI disse ser parte no processo que corre na justiça francesa e afirmou que está comprometido em esclarecer a situação.

"Essa cooperação já levou ao fato de que o Sr. Lamine Diack, que era membro honorário do COI, não ocupa nenhuma função (no órgão) desde novembro de 2015. O COI vai entrar em contato com as autoridades judiciais francesas novamente para receber as informações nas quais a reportagem do Le Monde parece se basear", disse o comitê.

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