Justiça britânica autoriza extradição de Julian Assange para os Estados Unidos

Justiça britânica autoriza extradição de Julian Assange para os Estados Unidos

Fundador do WikiLeaks deverá ser julgado por espionagem por conta da publicação de documentos secretos

AFP

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A justiça britânica emitiu nesta quarta-feira (20) a ordem formal que autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos para ser julgado por espionagem devido à publicação de centenas de milhares de documentos secretos a partir de 2010. A ordem será enviada agora para a ministra do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em qualquer extradição. A defesa de Assange pode apelar até 18 de maio.

A ordem será enviada agora para a ministra do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em qualquer extradição. A defesa de Assange pode apresentar suas alegações até 18 de maio.

A justiça dos Estados Unidos deseja julgar o australiano, de 50 anos, pela divulgação no WikiLeaks a partir de 2010 de mais de 700.000 documentos confidenciais sobre atividades diplomáticas e militares americanas, que revelaram atrocidades nas guerras do Iraque e Afeganistão.

Se for declarado culpado, Assange pode ser condenado ao máximo de 175 anos de prisão, em um caso que as organizações de defesa dos direitos humanos denunciam como um ataque à liberdade de imprensa.

O governo americano afirma que o australiano não é jornalista, e sim um hacker, que colocou em perigo a vida de vários informantes ao publicar documentos completos, sem edição. No dia 14 de março, a Suprema Corte britânica rejeitou um recurso de Assange para apelar contra a extradição.


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