Justiça holandesa descarta acusações contra suposto hacker de conta de Trump no Twitter

Justiça holandesa descarta acusações contra suposto hacker de conta de Trump no Twitter

De acordo com o Ministério Público, Victor Gevers foi um "hacker ético"

AFP

De acordo com o Ministério Público, Victor Gevers foi um "hacker ético"

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O Ministério Público holandês informou nesta quarta-feira que um homem teria decodificado os acessos à conta no Twitter do presidente americano, Donald Trump, em outubro, mas destacou que o hacker não será denunciado. "É a conclusão do Ministério Público após uma investigação da equipe de crimes de alta tecnologia da polícia nacional", afirmou a instituição em um comunicado.

Victor Gevers, cujo nome foi revelado pela imprensa holandesa, teria conseguido descobrir a senha do presidente, diz o Ministério Público, que o apresenta como um "hacker ético". "Depois de ter conseguido se conectar, o holandês tentou entrar em contato com as autoridades americanas para indicar-lhes a vulnerabilidade" do acesso da conta de Trump. Ele se identificou e lhes deu conselhos de segurança, segundo o Ministério Público.

O homem de 44 anos revelou a invasão imediatamente, dizendo que a senha que adivinhou foi "maga2020!", em alusão às primeiras letras do lema repetido por Trump, "Make America Great Again" ("Fazer os Estados Unidos grandes de novo"). Gevers informou posteriormente à polícia holandesa que queria invadir uma invasão à conta de Trump antes das eleições, devido a "questões importantes", segundo o MP holandês.

A Casa Branca e o Twitter negaram as informações de que a conta tenha sido hackeada. "Na Holanda, a pirataria é alvo de processo penal", lembrou o Ministério Público, mas destacou que em "circunstâncias especiais" não se aplica uma ação penal.

Segundo as autoridades holandesas, o invasor respeitou "os critérios desenvolvidos pela jurisprudência", que o tornam "um hacker ético". O MP destacou que as autoridades americanas foram informadas dos resultados da investigação.


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