Líbano recebe ordem de prisão da Interpol contra Carlos Ghosn

Líbano recebe ordem de prisão da Interpol contra Carlos Ghosn

Empresário escapou de prisão domiciliar no Japão

AFP

Carlos Ghosn escapou de prisão domiciliar no Japão e teria chegado ao Líbano na segunda-feira

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O Líbano recebeu um pedido de prisão da Interpol contra Carlos Ghosn, o magnata do setor automotivo que fugiu do Japão para Beirute. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça libanês nesta quinta-feira, Albert Sarhane. "O Ministério Público (...) recebeu um aviso vermelho da Interpol sobre o arquivo Carlos Ghosn", disse Sarhane, citado pela agência de notícias oficial ANI.

Após uma fuga espetacular, o ex-chefe da Renault-Nissan chegou ao Líbano na segunda-feira e permanece em local desconhecido. A Interpol não emite mandados de prisão e não pode iniciar investigações, ou processos, mas os países-membros e tribunais internacionais podem solicitar a publicação de "alertas vermelhos". Esses avisos de busca internacional são baseados em mandados de captura nacionais, cujas informações são transmitidas aos outros membros por meio de um banco de dados seguro.

As autoridades libanesas já anunciaram que Ghosn entrou no país "legalmente", com um passaporte francês e uma carteira de identidade libanesa. Já a Segurança Geral assegurou que nada impunha "a adoção de procedimentos contra ele", nem "o expunha a processos judiciais" no Líbano. O ministério das Relações Exteriores do Líbano também lembrou que não há "acordos de cooperação judicial", ou de extradição com o Japão. 

Ghosn, que chegou a ser o empresário mais bem pago no Japão, foi preso no final de 2018. Ele é alvo de quatro acusações no país: duas por sonegação fiscal, por não declarar seus reais rendimentos às autoridades da Bolsa, e outras duas por quebra de confiança agravada.

 


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