Líder da Nova Zelândia defende sua estratégia "Covid zero" contra variante Delta

Líder da Nova Zelândia defende sua estratégia "Covid zero" contra variante Delta

Auckland ficou seis meses sem registro de infecções até a identificação de um caso da cepa do coronavírus

AFP

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A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, defendeu nesta quinta-feira (26) sua estratégia de eliminação total do coronavírus, devido ao receio de que esta política de "Covid zero" seja ineficaz face à contagiosa variante Delta.

Um caso dessa cepa que apareceu em Auckland na semana passada deu fim a seis meses sem registro de infecções locais na Nova Zelândia e causou o maior número de infecções no país desde o início da pandemia, com 277 casos.

Apesar da alta transmissibilidade dessa variante, Ardern garantiu que os especialistas em saúde da Nova Zelândia recomendam seguir a estratégia de eliminar completamente o vírus do país insular, como já fizeram meses atrás. "Na sua opinião, não apenas é possível, mas é a melhor estratégia e estou plenamente de acordo", disse a líder neozelandesa nesta quinta, anunciando 68 novos casos locais.

Seu homólogo australiano, Scott Morrison, cujo país também segue uma estratégia de covid-19 zero e agora enfrenta uma forte retomada da variante Delta, disse esta semana que é "absurdo" tentar eliminar essa cepa contagiosa. "A Nova Zelândia não consegue fazer isso", disse ele.

Jacinda Ardern reconheceu que a variante Delta levou a mudanças estratégicas, aplicando, por exemplo, a aplicação mais precoce de um confinamento nacional e uma triagem de leque mais amplo. O objetivo continua sendo eliminar o vírus do país.

Segundo ela, vias alternativas poderão ser examinadas quando a taxa de vacinação aumentar. Hoje se encontra em 20% da população. "Ninguém quer confinamentos para sempre. Não é nossa intenção (...) Mas, por enquanto, enquanto vacinamos, a eliminação (do vírus) é nossa intenção", frisou. 


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