Macron assegura ao Congresso americano que Irã "nunca" terá arma atômica
Presidente francês garantiu que seu país não sairá de acordo multinacional assinado em 2015 com Teerã
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O Irã "nunca" terá armas nucleares, garantiu nesta quarta-feira diante do Congresso americano o presidente da França, Emmanuel Macron, que, no entanto, apontou que seu país "não se retirará" do acordo multinacional assinado em 2015 com Teerã.
De acordo com o presidente francês, "o Irã nunca possuirá qualquer arma nuclear, nem agora, nem em cinco anos, nem em dez anos, NUN-CA!", para acrescentar que, "no entanto, esta política nunca deve nos levar a uma guerra no Oriente Médio".
Estados Unidos e França defenderam novo acordo
Em coletiva de imprensa conjunta e deixando de lado divergências entre os dois países, na última terça-feira, os líderes Donald Trump e Emmanuel Macron demonstraram vontade de resolver problemas pendentes de pacto realizado em 2015 e criar um novo acordo sobre a política nuclear.
"Temos um desentendimento", disse Macron sobre o pacto com o Irã. "Mas acho que estamos no caminho para superá-lo com a decisão que tomamos de avançar para um novo acordo", acrescentou. Esse novo entendimento, explicou, visaria "completar" o acordo que há três anos foi assinado por Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, China e Rússia com o governo de Teerã.
Irã e Rússia rejeitaram qualquer mudança em tratado
Os dois países foram categóricos ao rejeitar um novo acordo sobre o programa nuclear iraniano, em resposta aos Estados Unidos e à França.
"Junto com um líder de um país europeu, eles afirmam: 'Nós queremos decidir sobre um acordo alcançado entre sete partes'. Para que? Com que direito?", questionou nesta quarta-feira o presidente iraniano Hassan Rohani em um discurso em Tabriz, norte do Irã. "Com este acordo, fizemos cair as acusações e provamos que os Estados Unidos e Israel mentem sobre o Irã há décadas", ressaltou.
Dirigindo-se a Trump sem nomeá-lo, Rohani afirmou: "Você é um homem de negócios (...). Não tem nenhuma experiência em política e nem em matéria de direito ou de acordos internacionais", finalizou.